O exame CA 15-3 é um marcador sanguíneo usado para fazer o acompanhamento de pacientes com câncer de mama. O alvo detectado nos ensaios de CA 15-3 é uma glicoproteína, produto do gene MUC1. O teste também é solicitado como, marcador tumoral, CA153, ou CA Mama. Veja como fazer a coleta do sangue e sobre a sensibilidade e limitações do teste.
Esta glicoproteína normalmente pode ser encontrada na maioria das células epiteliais glandulares e no soro, estando elevada em muitas neoplasias, incluindo adenocarcinomas e carcinomas escamosos. Inúmeros estudos têm confirmado que o CA 15-3 é o melhor marcador tumoral disponível para a avaliação do câncer de mama.
Exame CA 15-3, limitações e sensibilidade
Mesmo sendo o marcador mais indicado para monitorar câncer de mama, o seu uso é relativamente limitado em função de possuir uma baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença (15% a 35%), além de uma falta de especificidade.
Níveis acima do limite normal (28 U/mL) são encontrados em 5,5% dos indivíduos normais, em 23% das mulheres com câncer primário de mama e em 69% das pacientes com câncer metastático.
Portanto, o exame não deve ser direcionado para diagnosticar ou mesmo triar câncer de mama.
CA 15-3 deve ser solicitado para exercer uma monitorização do tratamento e também de detecção de recidivas. Sendo este teste mais sensível e específico que o CEA para tal finalidade.
Coleta do sangue para o exame CA15-3, jejum e orientações gerais
Para pessoas que necessitam realizar o exame CA153, devem fazer um jejum de 4 horas, e o material biológico a ser coletado é sangue, retirado com uma picada de agulha na veia do braço.
O uso de biotina e suplementos alimentares que contenham biotina devem ser suspensos 3 dias antes da coleta.
Valores normais para o teste de sangue CA-15-3
Usando a técnica de eletroquimioluminometria, será um resultado normal quando o valor estiver até 28 U/mL. Sendo que o limite inferior de detecção é 1,0 U/mL.
Também podemos encontrar níveis aumentados de CA 15-3 em outras neoplasias como, pâncreas, pulmão e ovário, e, raramente, em doenças benignas (hepatopatias).