Para milhares de pessoas no mundo, controlar o açúcar no sangue todos os dias faz parte de suas rotinas de vida, uma atividade estressante e desgastante, mas que se não for feita problemas decorrentes de glicose alta ou muito baixa certamente irá causar danos a saúde. O Diabetes necessita de cuidados especiais, muitas vezes diários com medicamentos e controles dietéticos, além de um controles dos níveis de açúcar no sangue com equipamentos medidores de glicose ou exames laboratoriais.
O controle da glicose no sangue dos pacientes depende do apoio laboratorial, o que nem sempre é possível devido a fatores como, financeiros, e de deslocamento até o centro de coleta de material para realização do teste, repetir está rotina todos os dias seria inviável. Mas na maioria dos casos é importante o controle diário. Resta ao paciente adquirir um aparelho para realizar a árdua tarefa de determinar qual o nível da glicose em seu sangue.
Então, o paciente compra um aparelho e as fitas reativas e começa a fazer os testes todos os dias, em algumas situações no período da manhã e no período da tarde, ou conforme recomendações de seu médico assistente. Com o gasto maior de fitas surge o primeiro problema. Ouvi esta reclamação várias vezes. Tem o aparelho mas não encontra a fita para aquela marca específica, principalmente quem reside fora dos grandes centros urbanos, mas este ainda não é nosso problema central.
Para realizar o teste pinga uma gota de sangue na fita e insere no aparelho para que o mesmo faça a leitura determinando qual o valor da glicose no sangue deste paciente naquele exato momento. Mas muitas pessoas e até mesmo no próprio hospital, onde trabalho, ouvi relatos da equipe da enfermagem dizendo que o aparelho de glicose não estava apresentando resultados confiáveis, e ao realizar uma dosagem no nosso equipamento automatizado no laboratório identificamos resultados discordantes dos valores informados pelo equipamento medidor de glicose.
Desta vez vou me deter a citar os fatos, não vou entrar em detalhes sobre marcas e modelos de equipamentos, alguns funcionam melhor outros pior, mas o próximo passo será fazer um levantamento comparando os resultados do medidor com os do equipamento automatizado, sabendo, claro, que uma pequena variação é normal.
A Kerri, uma mãe blogueira diabética, usuária de vários equipamentos medidores relatou o problema que teve durante a gestação de sua filha e também recentemente, obtendo resultados discordantes entre aparelhos.
“Estes medidores de glicose são as únicas ferramentas que tenho para monitorar açúcares no meu sangue, e eu tenho que tomar decisões de tratamento com base em seus resultados. Eu preciso que eles sejam consistentes e precisos. Se eu estou tratando altos que não são altos, eu poderia acabar com um evento sério de hipoglicemia. E se eu estou tratando baixos que não são baixos, a longo prazo irá prejudicar o meu corpo.”
Nesta mesma linha outra usuária, Stacey está avaliando os dados informados pelo aparelho, e também assustada com os valores, veja alguns: 89 mg/dL e em outro 169. Ou 116 mg/dL e em outro 261. Em outro texto informa que mudou os medidores e os problemas persistem. Stacey e Kerri, relatam ainda que o problema existe mas que são erros dentro da margem aceitável pelo FDA, apesar de algumas vezes os valores extrapolarem os 20% aceitáveis de variação, mas, pedem como consumidores ao órgão regulador: “FDA é sério precisa trabalhar para melhorar esse padrão de precisão de 20%”.
Em um trabalho “Investigando a confiabilidade dos medidores de glicose para uso rápido (point-of-care)” (sbac) apresentado como em “Tema Livre” no Congresso da IFCC e da AACC, em Orlando (E.U.A.) no ano de 2005, A.J.Khan, Y.Vasquez, J.Gray, M.H.Kroll, relataram:
Os medidores de glicose nem sempre concordam uns com os outros, nem com os métodos do laboratório central para glicose, especialmente nas concentrações elevadas e baixas de glicose. A inexatidão dos medidores de glicose ocorre nos extremos da faixa de resultados relatáveis (valores críticos), e é precisamente com esses resultados, que precisam ser tomadas as decisões mais importantes, e que podem representar risco de vida para o paciente.
Os medidores de glicose para uso rápido (point-of-care – POCT) devem ser cuidadosamente avaliados nessa faixa crítica, e, sempre que possível, os resultados clínicos devem ser confirmados por resultados obtidos nos analisadores dos laboratórios clínicos.
Em um outro estudo, de 2011,”Desempenho abaixo do ideal de medidores de glicemia em uma Clínica de Diabetes pré-natal“, postado em Diabetes Care, formulado em Sydney, Austrália, Nimalie Jacintha Perera e sua equipe, concluíram:
Este estudo mostra que os atuais medidores de glicose não são plenamente precisos quando comparados com medição da glicose no plasma. Alguns podem variar em até 2 mmol/L, e isso pode levar a erros de classificação e tratamento inadequado em gestantes.
Sobre o padrão de precisão a American Diabetes Association (ADA) estipula metas mais rigorosas, visando a um erro de análise <5% ou erro total (usuário mais analítica) <10% ( 7 – 13 ), Standards Australia (ISO15197.2) e do Comitê Nacional for Clinical Laboratory Standards (NCCLS) recomendam metas menos restritivas de ± 20% na concentração.
Novas tecnologias devem, em breve, melhorar as análises e envio de dados dos medidores de glicose, recomendaria para situações ainda existentes de discrepâncias de resultados no medidor, primeiramente avaliar o manual do produto de forma pormenorizada e repassar todos os passos seguindo exatamente o que ele indica. Verificado o aparelho, avalie se os valores estão com variação dentro do aceitável e comunique seu médico sobre este fato.
Outro procedimento lógico em qualquer caso relacionado quando existe dúvida com exame é repetir o teste no mesmo dia em um laboratório de sua confiança, depois faça novamente a comparação com o resultado do aparelho e do laboratório mais três dias para averiguar se a variação é aceitável ou não.
Se a variação for fora dos padrões comunique o fabricante do aparelho para realizar manutenção. Se o problema persistir ou você não se sentir seguro com o aparelho o ideal é substituir o equipamento por outro e observar os novos valores.
aparelho G-tech tsmbem com defeitos absurdos, pessoas que não tem diabetes o aparelho apresenta indices glicemicos alto, se repetir o teste variam de 1 a 30 para sima. se tiver que tomar uma decisão, pode ocorrer um acidente.
Comprei um medidor Accu-Chek Advantage , por curiosidade medi a diabete de meu filho de 11 anos, marcou 165. Fui fazer nele o teste na farmácia, com outro aparelho, deu 102. A pilha está carregada, o aparelho só tem 5 dias , ele não acertou uma até hoje, só meu marido é diabético, se fosse confiar neste Accu-Chek Advantage , eu deduziria que a família toda tem diabete.
Uso o aparelho BAyer Contour Next. Faço a calibragem todas semans e o que constatei….. Fiz varios testes com intervalos de 1 a 2 minutos, 4 ao total. Em todos eles me davam valores diferentes e muito longe um do outro. Acredito que esses aparelhos não são confiáveis e nada mais é que uma maneira suja dos fabricantes arrecadarem dinheiro fácil. Estou imensamente decepcionado de como as pessoas são explorados por esses labratórios.
[…] aos valores discrepantes dos analisadores de glicose leia mais […]
aparelho PRESTIGE com fita vencida e solução de aferição do PRESTIGE também vencida comparado com o G-TECH….aferi ambos os aparelhos com a solução do PRESTIGE apesar do vencimento na reprodutibilidade bateram os resultados da aferição de ambos os aparelhos……isto querendo dizer que mesmo com o vencimento da fitas e solução aferidora do PRESTIGE, tais estão ainda serviveis….porem quando faço medição da glicose nos aparelhos do sangue do mesmo dedo….aparecem discordancia disparate entre o PRESTIGE e o G-TECH…..no G-TECH sempre da alto enquanto no prestige da para baixo….no G-TECH dá 122 e no PRESTIGE 54….meu sentimento como técnico em laboratorio químico… Read more »
Marilda, realmente tenho ouvido muitos comentários e reclamações sobre isso, no hospital a equipe de enfermagem de vez em quando leva parao laboratório estes casos com o aparelho deles, mas outras marcas apresentam problemas também além desta que você relata.
E dai que as tiras estão vencidas, como consumidor, tenho o direito de usa-las mesmo vencidas, porém a esperteza dessa empresa Roche, com aquele chip dedo duro, inibe esta possibilidade. Se eu comprei e paguei, ainda tenho 32 fitas, tenho o direito de usa-las até terminar. Solicito urgentes providencias dessa empresa para liberar o uso do produto que é meu, pois, remédio que é pior pois são ingeridos, a pessoa pode tomar mesmo vencido, por sua conta e risco.
[…] em um monitor de saúde pessoal, ele pode ser emparelhado e sincronizado com pedômetros, medidores de glicose, braçadeiras, escalas, interfaces de laboratórios, gestores do sono, apps móveis perda de peso e […]
O consumidor não tem garantia nenhuma sobre produtos da Accu-Chek Advantage II.Tenho 25 tiras com vcto em Janeiro de 2012,acontece que as mesmas já venceram em Novembro de 2011.
Entrei em contato com a firma e eles enviaram dois testes para eu fazer para ver se de fato as tiras estavam vencidas:conclusão estavam vencidas,e eles disseram que não se responsabilizavam pelas tiras,pois as mesmas saem lacradas.Como vou usar as tiras se não abrir a lata.Para que servem a garantia para bonito.O CONSUMIDOR QUE TEM QUE SE ARCAR com o PREJUIZO.
Verificando estudos e depoimentos de usuários sobre medidores de glicose com resultado discordante ou errado http://t.co/p080tt2