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Teste para determinar quem deve usar a aspirina para prevenir ataques cardíacos e derrames

Usada a muitos anos, uma das indicações da aspirina é para prevenir ataques cardíacos e derrames, conhecida nas farmácias como ácido acetilsalicílico, mas ainda existe uma grande dúvida de quem exatamente deveria tomar uma aspirina diariamente. Um novo estudo envolvendo a Fundação Instituto do Coração de Minneapolis mostra que um teste simples para medir placas nas artérias do coração pode ajudar os médicos a determinar melhor quem vai se beneficiar do uso da terapia com aspirina para prevenir doenças cardíacas e quem não deve obter resultados consistentes.

O teste faz uma avaliação do cálcio das artérias coronárias (CAC) gerando uma pontuação, uma medida de placas nas artérias que alimentam o coração, isso pode ajudar a determinar se a pessoa é ou não um bom candidato para usar a aspirina.

É fato que em muitos ataques cardíacos e derrames que acontecem, as pessoas não pareciam ser de alto risco. Os indivíduos com DCV (doenças cardiovasculares) conhecidos, devem tomar uma aspirina por dia, mas para aqueles que não tem evidenciado DCV não é claro as formas de abordagem para uso do produto. E se comprovadamente oferecem proteção, então perdemos a oportunidade de usar e obter resultados, mas por outro lado se for ministrado o medicamento para todos teremos o problema que ele aumenta o risco de sangramento, e isso em casos de pessoas que nunca desenvolveriam DCV seria ruim.

Por essa razão, a American Heart Association (AHA) atualmente recomenda aspirina apenas para prevenir a doença cardiovascular (DCV) em pessoas que conheceram problemas neste sentido ou que são considerados de alto risco para um evento de DCV. A aspirina geralmente não é recomendada para pessoas que são consideradas como estando em risco baixo ou intermediário.

Os 4.229 participantes da pesquisa foram agrupados de acordo com sua pontuação CAC (avaliação do cálcio das artérias coronárias) e as taxas de ataques cardíacos em cada grupo foram calculados. Com base nessas taxas, a equipe de pesquisa pesou a probabilidade de um indivíduo para se beneficiar da terapia com aspirina (o potencial da aspirina para prevenir um ataque cardíaco) contra a possibilidade de dano (o potencial para a aspirina para causar hemorragia grave).

A pontuação CAC zero está associada a um baixo risco de ter um ataque cardíaco. Isso significa que os indivíduos com uma pontuação de zero não podem beneficiar de medicamentos preventivos, como a aspirina, bem como os medicamentos de estatina para baixar o colesterol.

Participantes com pontuação CAC elevadas (>100) tiveram 2-4 vezes mais probabilidade de se beneficiar de terapia com aspirina do que ser prejudicado, mesmo que não se classificou para o uso de aspirina de acordo com as diretrizes atuais da AHA.

Resultados abrangentes estão publicados aqui.

Silvano Vilela
Silvano Vilelahttps://www.plugbr.net/about/
Farmacêutico Bioquímico. Escreve sobre exames laboratoriais, testes de farmácia e tecnologia em saúde. Compartilha neste site que fundou em 2006 as experiências adquiridas dentro de um hospital.
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