Que o celular faz parte da vida de grande parte da população não é novidade, mas que ele pode ser um grande aliado no combate a velhos problemas da saúde pública é uma tendência. A secretária Kathleen Sebelius, da Saúde e Serviços Humanos dos EUA, em um discurso na Fundação National Institutes of Health (NIH) em Washington, disse que a saúde sem fio seria um dos pontos para melhoria da saúde de pacientes e para capacitar profissionais de saúde, Sebelius, diretora dos programas de saúde nos EUA e membro do gabinete do Presidente, entende que a saúde sem fio pode trazer benefícios para a saúde da população nos próximos anos.
Sebelius, destaca:
Algumas pessoas não vão aos sites, ou ver televisão, mas o telefone está com eles o tempo todo”. A introdução da tecnologia móvel para todos os americanos é uma grande ferramenta no kit de ferramentas que nos permitirá conduzir melhor o atendimento e obter melhores resultados.
Telemóveis é uma tendência para melhorar a comunicação na saúde, podemos observar que gestores de saúde nos EUA já revelam as primeiras ações neste sentido.
Acredito que ministério da saúde e operadoras de telefonia celular poderiam ser parceiras em um grande projeto para envio de mensagens de texto e voz, iniciando com programas já atendidos pelo SUS, por exemplo, diabetes, como o cadastro destes pacientes já existe, colocaria o cartão SUS para funcionar, como comentei em outro texto, bastaria criar um sistema nacional com funções regionalizadas integrando centrais de regulação, secretarias de saúde, laboratórios, posto de saúde onde a paciente será atendida, cada um dentro das suas competências disparariam comunicados de saúde, enviando resultados de exames para o telemóvel deste paciente, recomendações de alimentação, avisos nos horários de tomadas dos medicamentos.
Gestantes poderiam começar a receber SMS e /ou mensagens de voz fornecendo informações sobre sua gravidez, por exemplo, fases do desenvolvimento fetal, localização da unidade de saúde mais próximo, e tratamentos específicos que devem receber durante sua gravidez, como vacinação contra o tétano, recomendações sobre cuidados de uso de medicações durante a gestação, e muitas outras informações altamente necessárias.
Poderia estar integrado neste sistema a rede de Bancos de sangue de todo país, para solicitar nova doação quando vencer o tempo de aguardo recomendado entre uma doação e outra, resultados de exames, recoletas de sangue, cuidados alimentares, convocação de doadores da região com tipos sanguíneos que estejam em falta no banco de sangue.
Em um país territorialmente muito grande, os problemas de comunicação são corriqueiros, adicionar ferramentas para ajudar cobrir esta lacuna da rede de saúde pública não é gasto, na verdade é um investimento que poderá diminuir retornos a unidade de saúde, economizar medicamentos, reduzir gastos com internações, pacientes passam a confiar mais no sistema, adere com maior facilidade aos esquemas terapêuticos, são apenas alguns benefícios para pacientes e gestores públicos de saúde.