Existem dezenas de pesquisas ligada ao consumo de ômega-3 ácido graxo naturalmente encontrado no óleo de peixe, desde redução de doenças cardiovasculares ao câncer e doença inflamatória intestinal. Recentemente uma nova linha de pesquisa tem olhado para o produto como um suplemento ideal para colaborar com eficácia na terapêutica de antidepressivo, estabilizadores de humor, e medicamentos antipsicóticos, além disso, melhora comportamento antissocial e agressivos em crianças e jovens.
Todas as pessoas nos dias de hoje estão propensos a desenvolverem estados depressivos, as causas são as mais variadas, estresse do dia-a-dia, predisposições genéticas, perdas, adversidades sociais, traumas na infância e acontecimentos desagradáveis. Em pessoas com depressão geralmente observamos quadros de tristeza profunda, alteração de humor, insônia, perda de apetite, desesperança, amargura, problemas sexuais, ansiedade, e vários outros.
Ômega-3 é fundamental para o desenvolvimento e funcionamento do cérebro. “Ômega-3 regula os neurotransmissores, aumenta a vida de um neurônio e melhora a ramificação, mas nossos corpos não produzem. Podemos obter do ambiente”, disse Raine, líder de um estudo.
Adrian Raine, da Universidade da Pensilvânia tem estudado a interação entre biologia e meio ambiente quando se trata de comportamento antissocial e até mesmo criminal. Sugere que o ômega-3, este ácido graxo comumente encontrado no óleo de peixe, pode ter efeitos a longo prazo no desenvolvimento neurológico, colaborando para reduzir condições antissociais e agressivas de comportamento em crianças.
Raine conduziu um estudo randomizado e controlado, onde as crianças receberiam regularmente o suplemento ômega-3, sob a forma de suco com um grama de ômega-3 e um grupo sem o suplemento, uma vez por dia durante seis meses, combinado com 100 crianças que receberam a mesma bebida sem o suplemento. Crianças e os pais de ambos os grupos responderam uma série de avaliações de personalidade em questionários no início. Depois de 6 meses obteve bons resultados, e com 12 meses os avanços foram evidentes, ocorreu redução de problemas de comportamento com a suplementação de ômega-3 em crianças de 8-16 anos.
Pesquisas comprovam a eficácia do ômega 3 na diminuição dos sintomas da depressão, e tem se mostrado muito eficaz no caso de crianças e adolescentes. O ômega 3 restaura a integridade estrutural das células do cérebro que são responsáveis pelo exercício das funções cognitivas, que controlam as emoções, melhorando problemas depressivos.
Outros Estudos sobre omega-3 e depressão
Recentemente publicado em Netherland based journal Pharma Nutrition, omega-3 suplementação – Tem se mostrado eficaz para melhorar a terapêutica dos antidepressivos, estabilizadores de humor, e medicamentos antipsicóticos.
Um estudo apresentado pela Universidade de Pittsburgh School of Medicine durante Reunião Científica Anual da Sociedade Americana Psicossomática em Denver, pesquisadores observaram 106 voluntários saudáveis, descobriram que os participantes que tinham níveis sanguíneos mais baixos de ácidos graxos ômega-3 foram mais propensos a relatar sintomas leves ou moderados de depressão. Por outro lado, aqueles com níveis mais altos de ômega-3 relatam menos problemas relacionados com depressão.
Dr. François Lespérance do Centre de recherche du Centre hospitalier na Université de Montréal (CRCHUM), conduziu um dos maiores estudos sobre o assunto, revelou que Omega-3 melhora os sintomas de depressão em pacientes com diagnóstico de depressão não acompanhada de um transtorno de ansiedade. A eficácia para estes pacientes era comparável à observada com o tratamento geralmente antidepressivo convencional.
Os benefícios da suplementação com ômega-3 são evidentes em muitos estudos, para condições antissociais e agressivas de comportamento em crianças, e ajudar no tratamento de pacientes que fazem uso de antidepressivo, estabilizadores de humor, e medicamentos antipsicóticos, mas devemos lembrar sempre que estes casos envolvem vários fatores interno do paciente e do meio ambiente, por isso é fundamental que nenhum medicamento seja retirado, nenhum tratamento deve ser descontinuado, e qualquer suspeita sobre estas condições de saúde, o médico deve ser procurado para conduzir o tratamento da melhor maneira.