Este é um exame que apresenta várias designações, o médico pode solicitar como, Fator Reumatoide, látex FR, anticorpos fator reumático, prova do látex, artrite reumatóide. Apesar de ser conhecido por vários nomes, o teste é o mesmo, tem a função de investigar artrite reumatóide, neste texto vamos ver mais detalhes sobre esta prova, como é a coleta do sangue e qual valor normal e alterado.
Basicamente a pesquisa e dosagem látex FR apresenta utilidade principal no diagnóstico da artrite reumatóide, e está presente em aproximadamente 60-80% dos casos de Artrite Reumatoide AR, em 20% de AR juvenil, em 60-70% das Síndromes de Sjögren e em 70% dos casos de Crioglobulinemia mista.
Coleta do sangue para verificar níveis do Fator Reumatóide
Quando o médico solicitar este exame, o paciente deve procurar um laboratório de análises clínicas na sua cidade, levando o pedido do exame.
É uma análise simples de ser realizada, o material coletado será o sangue, e não requer jejum antes da coleta.
A equipe do laboratório irá coletar o material biológico, retirando o sangue da veia do braço após fazer um torniquete.
O resultado, normalmente é entregue no mesmo dia da coleta ou no dia seguinte.
Para retirar o resultado não se esqueça de levar o protocolo que foi entregue no momento da coleta do sangue, ou imprima o exame no site do laboratório.
Valores normais e alterados no teste Fator reumatóide
O exame pode ser realizado pela técnica manual usando partículas de látex por aglutinação, mas hoje em dia utilizam análises quantitativas, como nefelometria, ELISA, turbidimetria.
Um teste terá resultado como não reagente quando os índices encontrados forem inferior a 20 UI/mL.
E quando for fracamente reagente, de 21 a 79 UI/mL.
Valores iguais ou superiores a 80 UI/mL o teste é reagente ou positivo.
Para ser considerado um valor útil no diagnóstico tomamos como base as dosagens maiores que 80 UI/mL, teste reativo.
Látex FR, exame útil no diagnóstico da artrite reumatóide
Fator reumatóide são na verdade autoanticorpos dirigidos contra a porção Fc da IgG humana que foi alterada na sua estrutura terciária, que também reagem com a IgG animal.
Fator reumatoide pertencem, em maior número, à classe da IgM mas também ocorrem em todas as outras classes de imunoglobulinas.
Vale a pena lembrar que o fator remumatoide não é específico para artrite reumatóide AR, pois pode ser detectado também em outras doenças reumáticas auto-imunes.
Um exemplo de doença que pode dar positivo no teste látex FR, não relacionado a AR, temos o lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, dermatomiosite e polimiosite.
Também pode dar positivo na presença de algumas moléstias infecciosas como mononucleose infecciosa, sífilis, hepatite viral, tuberculose e endocardite bacteriana.
Além destes pode acusar positivo em processo inflamatório crônico, como, hanseníase, leishmaniose, sarcoidose e malária.
E em 5% dos indivíduos normais, principalmente nos idosos.
Portanto, fica claro que o teste realmente se apresenta positivo em várias outras situações, por isso, apenas o médico deve interpretar o resultado, tomando como base a clínica do paciente.
Outras considerações sobre o resultado de FR
Resultados com títulos mais elevados são encontrados na artrite reumatóide e na síndrome de Sjögren.
O título de FR é importante no prognóstico e acompanhamento da AR, altos títulos indicam pior prognóstico, podendo evoluir para complicações viscerais.
Na artrite reumatóide juvenil, o percentual de positividade de FR é mais baixo, de aproximadamente 20%.
Porém, existem tipos de artrite reumatóide que o resultado da análise é negativa, sem FR detectáveis.