O nosso país é reprovado em muitas políticas públicas, programas de governo mal sucedidos, sistema educacional que remunera pessimamente seus professores como muito bem exposto por Noronha, aplica-se o dinheiro de maneira desordenada (algumas vezes de maneira ordenada direto para cuecas, mala preta, contas de deputados) e sem estudos de qualidade que atestem as necessidades, mas um programa brasileiro baseado na integralidade como foco principal de luta contra a AIDS, desentoa das outras políticas e em 1986 começava a ser implementada uma verdadeira política pública com o programa Nacional de combate à doença. Com o passar dos anos algumas dificuldades ocorreram e o programa foi sendo moldado e em 1996 um decreto presidencial garantiu o acesso universal aos medicamentos contra o HIV, além do investimento na doença propriamente dita um grande enfoque foi dado na prevenção e cuidados.
Estudos realizados pela OMS – organização Mundial de Saúde, no período de 1994 a 2002 indicam que no campo da prevenção acontece uma média de quatro campanhas por ano no país. Evitou-se nestes anos 600 mil infecções pelo HIV, o uso do preservativo aumentou nesta época cerca de 48% entre jovens, influenciado pela compra e distribuição de preservativos pelo governo que cresceu quinze vezes.
O Brasil foi o único país do mundo a distribuir preservativo feminino.
Alcançou-se uma redução considerável de infecção pelo HIV em grupos vulneráveis como profissionais do sexo, homossexuais e usuários de drogas injetáveis.
Governo garante tratamento a 100% das pessoas com AIDS com a lei 9313/96 (distribuição gratuita e universal de anti-retrovirais), e cai 50% o índice de mortalidade pela doença, crescendo 12 vezes a sobrevida dos pacientes de cinco para cinqüenta e oito meses.
Acreditem que conseguiu-se reduzir o custo de tratamento dos pacientes em 54%, sendo que os genéricos para Aids são até 80% mais baratos que os medicamentos de marca.
No campo dos direitos humanos a justiça brasileira concedeu parecer favorável a portadores do vírus em todos os processos movidos no país por discriminação no trabalho, escola, rede de saúde etc. E a lei 11.199/02 proíbe discriminação de portadores de HIV/aids.
A portaria ministerial de 18/11/02 institui o projeto nascer para evitar transmissão do HIV da mãe para o filho, estruturado e funcionando plenamente.
Podemos sim ter programas de sucesso e respeito internacional, basta vontade política e entendimento aos governantes que assumem os cargos estarem melhorando, adequando e fazendo os ajustes que são sempre necessários e não extinguindo programas que já estão em andamento, causando danos irreparáveis a saúde e a qualidade de vida da população com suas personalidades descontinuista, onde o que o seu antecessor começou deve sempre ser esquecido.
Quando se é movido por uma vontade verdadeira, um ideal, a política pública se consolida e atravessa anos tornando-se sólida resistindo até mesmo aos desmandos, falcatruas e politicagens passageiras.