No Brasil a tuberculose – TB é a terceira causa de óbitos por doenças infecciosas e a que mais causa mortes em pacientes com aids, o agente etiológico M. tuberculosis conhecido como bacilo de Koch (BK) é responsável por causar infecção no pulmão, e outros órgãos levando a sintomas como febre, falta de apetite, suor noturno, cansaço, falta de ar e emagrecimento rápido. O diagnóstico é clínico, radiológico de tórax, reação tuberculínica e diagnóstico laboratorial, sobre o qual comentamos várias vezes aqui no blog.
Em “Tuberculose – Curável e longe da erradicação” comentei sobre as dificuldades para diagnóstico, tratamento e implantação de políticas públicas eficientes nesta área.
A cura foi descoberta, mas a erradicação está longe de acontecer, morrem mais de 100 mil pessoas por ano, o Mycobacterium tuberculosis continua fazendo vítimas, muitas vezes pelo descaso das autoridades de saúde e outras pelo descaso do próprio paciente, que não inicia o tratamento, eficaz em mais de 95% dos casos, ou não da sequência depois de iniciado.
Em outro texto comentei sobre o exame do escarro – Diagnóstico de tuberculose, pesquisando bacilos de Koch BAAR, uma explicação sobre o diagnóstico laboratorial desta doença, feito inicialmente através da baciloscopia, buscando encontrar no escarro (duas amostras – no momento da consulta e no dia seguinte) de pacientes com sintomas da doença, o bacilo causador. O exame realizado no microscópio, pesquisando os Bacilos Álcool-Ácidos Resistentes – BAAR em esfregaços de amostras preparados e corados com metodologia de ziehl-Neelsen.
“comecei a emagrecer assustadoramente, colegas diziam que era paixão incubada. (Noel Rosa – Morreu de tuberculose).
Recentemente a OMS aprovou um novo teste para diagnóstico da tuberculose, um exame rápido e confiável, um marco importante para o diagnóstico , aumentando as oportunidades para interromper a transmissão.
O tratamento é demorado e muitos pacientes desistem, por isso as políticas de saúde pública devem ciar mecanismos para reduzir o abandono ao tratamento, uma das ações que observamos bons resultados foi o tratamento monitorado, aonde o paciente vai até o posto de saúde, recebe o medicamento é avaliado, recebe incentivo de transporte e cesta básica para que tenha disposição de continuar o tratamento até o final.
Todos podem ser colaboradores neste processo de identificação de pessoas que provavelmente possam estar com a doença, observando tosse a mais de 3 semanas com ou sem escarro, indicando ou procurando o posto de saúde mais próximo de onde ele reside, para que seja avaliado e se for constatado exame positivo receberá a medicação e apoio para iniciar o tratamento.