Se voar está difícil e acha que por terra vai chegar ao seu destino está muito enganado, de qualquer maneira que escolha para se deslocar pelo interior do país você terá dores de cabeça e uma noção da calamidade que se encontra o transporte no Brasil.
Se você se decidir ir de avião pela gol, ou qualquer outra empresa, e os controladores de tráfego aéreo lhe permitirem decolar, já terá dado um grande passo, mas junte-se a isso aeronaves que ninguém sabe se estão realmente em condições de vôo.
Se acha que os aviões estão todos em bom estado e em perfeitas condições levante a mão, se os órgãos que são responsáveis pela fiscalização não conseguem ter controle nem sobre uma classe de trabalhadores do setor e não resolve uma crise que perdura vários meses, estariam fiscalizando e controlando a qualidade dos aviões, manutenção, normas, leis, recomendações e pilotos? Difícil acreditar.
Sem respostas e em dúvida sobre tudo que cerca a aviação no país, o usuário decide ir com seu carro, adquirido com muito luta e trabalho, pega a estrada e o que encontra na maioria delas? Buracos e mais buracos, estradas sem sinalização, desnível de pista, curvas pessimamente projetadas, postos fiscais com policiais que se deixam corromper em razão de baixos salários, caminhões com excesso de peso, pontes despencando, viadutos caindo aos pedaços, salve se quem puder.
Em Mato Grosso um dos maiores produtores mundiais de grãos está com suas estradas casca de ovo, com buraco ou remendos mal feitos, abundantes, como sua safra. Provavelmente fazendo a política do “deixa acabar para privatizar e nos livramos disso”.
Enquanto isso lá em Brasília conchavos para evitar que se instale CPI para investigar, continuam.
Seja Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará e tantos outros estados o descaso toma conta do transporte, os motoristas estão perdidos dentro de crateras.
Estamos totalmente isolados, perdendo tempo, dinheiro com quebras e o mais sério, vidas estão sendo ceifadas nas estadas que só levam a precipícios e vôos são cegos o descaso dos gestores públicos nesta área de transporte passa dos limites da tolerância.