Passado alguns dias da notícia, resolvi publicar aqui, contando minha opinião sobre o fato.
Uma mulher australiana mudou de grupo sanguíneo e fator Rh, episódio inédito no mundo. Aconteceu após transplante de fígado em que Demi-Lee, uma moça de 15 anos passou pela cirurgia, se adaptou ao órgão transplantado e o órgão ao seu corpo, mais do que isso, o sangue da moça adquiriu as características do sangue do doador e passou a ter o mesmo tipo sanguíneo dele.
Antes da cirurgia quando tinha 9 anos o grupo sanguíneo de Demi era “O” “Negativo”, após o transplante passou a ser “O” “Positivo”, causado por uma migração das células do fígado, também é um órgão produtor de células sanguíneas, se alojaram na medula óssea e começaram a produzir tais células até uma completa dominação do sistema de produção de sangue, na minha opinião e de alguns outros profissionais de laboratório, que devido a uma infecção (relatam ter ocorrido), tenha caído muito o número de leucócitos e hemácias por isso a grande necessidade destes tipos de células aliado a pouca defesa orgânica naquele momento, em que os esforços do sistema de imunológico, já prejudicado, estava empenhado em combater a infecção inicial, com esta “porta aberta” as novas células se instalaram com facilidade.
Deste caso pode surgir novas formas de tratamento, o próximo passo é estudar como o fato ocorreu e tentar reproduzir o mesmo evento em outros transplantes, que poderá ser usado para evitar rejeições e que os pacientes tenham menos efeitos colaterais e vários outros problemas associados a este tipo de cirurgia, sem contar doenças relacionadas ao tipo sanguíneo.