Em Hospitais, o dizimar da última força, abordamos alguns pontos importantes sobre a crise nos hospitais públicos, nesta segunda parte citamos a estrutura e porquê estamos perdendo a última força – o ser humano.
Quanto à modernização, muito me indigna, ver recentemente um jornalista da rede globo discorrendo sobre a crise nos hospitais, dizer que é investido muito nos hospitais, só quem convive neste meio, para saber que isso não é verdade e que a cada dia os recursos são menores e mais escassos, sem contar que não é qualquer verba que moderniza hospital, equipamentos são caros e a maioria importado.
Quanto à estruturação física, os hospitais funcionam dentro de prédios antigos cheios de infiltração com remendos e “puxados” em todas as alas. E a estruturação funcional é fraca e ocorre timidamente, visto que não investem nos centros de referência, tão pouco na rede básica, apenas raros lampejos de atitudes como é o caso do programa de saúde da família, e que hoje também padece por falta de investimentos planejados.
E por último, quando pensam em terceirizar os hospitais, uma maneira menos traumática de privatizar, me vem à lembrança do presidente Lula durante a campanha defendendo a não privatização. Pena que os governantes não sejam capazes de resolver problemas, apenas passam os adiante e pagam para alguém resolver. Por isso a maioria dos problemas dos hospitais é um reflexo do despreparo dos governantes deste país e de seus indicados políticos.
Quem paga pela falta de pessoas qualificadas para gerir a saúde, que sejam técnicos com conhecimento sobre o assunto ou pessoas que já demonstraram competência nesta área, é a população os usuários e os funcionários que trabalham na ponta do serviço, atendentes, enfermeiras, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, bioquímicos, farmacêuticos, assistentes sociais e tantos outros que trabalham diretamente com o paciente, estes sim sabem o quanto é difícil tocar um serviço sem estrutura e apoio governamental, estes são verdadeiros heróis, que carregam nas costas o peso dos cortes de verbas das contenções de gastos inexplicáveis e pensamentos arcaicos de nossos dirigentes e assim mesmo se desdobram para fazer o melhor pela população que tanto necessita desta assistência.