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Grande quantidade de alarmes falsos emitidos por aparelhos nos hospitais colocam em risco paciente e trabalhador

A segurança do paciente nos hospitais dos EUA ganhou atenção especial nos últimos anos, principalmente depois que um deles morreu em uma unidade hospitalar mesmo depois de vários alarmes que indicavam baixa frequência cardíaca. Recentemente foi realizado um estudo sobre esta tecnologia de alarmes de equipamentos que emitem alertas para atender paciente, mas que também trazem estresse a profissionais da saúde devido a grande quantidade de alertas disparados, muitos deles falsos.

Jessica Zègre-Hemsey, especialista em monitoramento cardíaco da Universidade de Carolina do Norte em Chapel Hill, e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Francisco, em um estudo identificou que mais de 2,5 milhões de alarmes foram acionados em monitores de cabeceira em um único mês.

Este número alto de alarme causa nos enfermeiros e outros profissionais de saúde, que ficam continuamente expostos, uma “fadiga de alarme”, o estresse aumenta, devido a este grande número de alarmes fisiológicos gerados por sistemas de monitoramentos modernos. E muitas vezes, os alarmes são ignorados e até aqueles críticos são perdidos porque muitos são falsos ou não são passíveis de ação.

Analisaram alarme em 461 adultos em cinco unidades de terapia intensiva na UCSF Medical Center por um período de 31 dias e determinaram se eram verdadeiros ou falsos. Identificaram 12.671 alarmes de arritmia, que são projetados para alertar profissionais de condições cardíacas anormais.

A grande maioria dos alarmes foram falsos, causados por deficiências nos algoritmos do computador, as configurações do usuário inadequados, falhas técnicas, breves picos de frequência cardíaca, que não necessitam de tratamento.

De acordo com Zègre-Hemsey, para reduzir a “fadiga alarme” acabará por exigir fortes colaborações entre médicos, engenheiros e administradores hospitalares, bem como a investigação adicional.

Investigadores sugeriram criação de um banco de dados “padrão ouro” de alarmes, e principalmente desenhar monitores que poderiam ser configurados para pacientes individuais, a grande revolução que ocorre na individualização de medicamentos, doses, valores de referência em exames, também passa pelos aparelhos de monitorização.

Profissionais de saúde devem estar atentos a seus pacientes, cuidando e desenvolvendo suas funções, mas estes trabalhadores da saúde não podem, de maneira alguma, adoecer em função do trabalho, fique atento.

Silvano Vilela
Silvano Vilelahttps://www.plugbr.net/about/
Farmacêutico Bioquímico. Escreve sobre exames laboratoriais, testes de farmácia e tecnologia em saúde. Compartilha neste site que fundou em 2006 as experiências adquiridas dentro de um hospital.
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