Hoje, depois da primeira bateria de exames que realizei no laboratório, mais uma surpresa, outro paciente que deu resultado positivo ou reagente para HIV. É cada vez mais freqüente encontrarmos resultado, positivo, para este exame. A paciente nem suspeitava, até mesmo o médico disse que quase não solicitou o exame, pois as indicações clínicas eram fracas. Mesmo assim resolveu pedir.
Uma senhora, com seus 45 anos, que tinha se separado do marido, por volta de 8 a 9 anos atrás, depois disso, dizia ela: me relacionei com outro homem pouquíssimas vezes, e sempre usando preservativo, tenho certeza que não adquiri o vírus dele.
Depois dessa conversa a mulher ligou para alguns colegas do marido, da época que era casada, nestes momentos as pessoas pensam muitas coisas, mil e uma idéias na cabeça, investigam, perguntam, tentam de todas as formas descobrir os motivos que levaram a este acontecimento. Até que a mulher ficou sabendo, por meio de um dos conhecido de seu ex-marido, tinha ouvido dizer que ele morreu de AIDS, e que recusou tratamento mesmo depois que os sintomas da doença já haviam aparecido.
O primeiro momento é muito difícil, os próprios pacientes trazem uma carga de preconceito, de desacordo, repúdio, mas com o passar dos dias começam a enxergar que é possível, hoje em dia, ter uma vida normal sendo portados do vírus HIV (AIDS).
Aproveito essa história para pedir a todos que façam uso da camisinha nas relações sexuais, mesmo sabendo que o tratamento evoluiu bastante, as barreiras do preconceito e mesmo os sintomas ainda são difíceis de serem enfrentados. E por último, lembrando que o uso da pílula do dia seguinte, além de não ser um método indicado como anticoncepção de uso rotineiro, causa uma falsa idéia de segurança na relação sexual, levando a abolirem o uso do preservativo, correndo um enorme risco de se tornarem portadores do vírus HIV.
O uso do preservativo ainda é a melhor forma de evitar gravidez indesejada e doenças venéreas.