Neste post vamos comentar sobre um importante exame laboratorial para avaliação do controle glicêmico da diabetes, a hemoglobina glicada, conhecida ainda como HbA1c, H. Glicosilada, Glicohemoglobina, e mais recentemente A1C. A coleta de sangue para realização deste teste não exige que o paciente esteja em jejum.
O resultado desta análise revela a média ponderada global das glicemias médias diárias (glicemias de jejum e pós-prandial) durante os últimos 2 a 3 meses. Mais especificamente dentro dos 120 dias de vida média das hemácias, mas a glicemia recente é a que mais influencia o valor da A1C. O teste é considerado pelos pacientes que não respeitam dietas e tomadas de medicamentos como sendo um grande dedo-duro, pois mesmo que respeite todas as recomendações médicas no dia anterior ao exame, ele vai dar informações de vários dias antes da data da coleta de sangue.
Diferente de algumas notícias que surgiram recentemente na mídia sobre este exame, dizendo ser “o novo exame para controle do diabetes”, ele é aceito e empregado desde 1993. Muitos médicos ainda não possuem hábito de solicitar o exame, mas já começam a acreditar no teste e pedir com mais frequência de seus pacientes diabéticos.
Recentemente um grupo interdisciplinar foi reunido para criar uma padronização da hemoglobina glicada, e o trabalho realizado foi publicado, importante documento, aborda “Atualização sobre Hemoglobina Glicada para Avaliação do Controle Glicêmico e para o Diagnóstico do Diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais”, como mencionado no site da Sociedade Brasileira de Diabetes. Oferece orientação sobre aspectos clínicos e laboratoriais, conceitos, formação, frequência da realização do exame, valores normais e outras padronizações.
Valores normais de referência para este exame vão de 4% a 6%. Níveis de A1C acima de 7% estão associados a um risco progressivamente maior de complicações crônicas. Por isso, o conceito atual de tratamento do diabetes define a meta de 7% (ou de 6,5%, de acordo com algumas sociedades médicas) como limite superior acima do qual está indicada a revisão do esquema terapêutico em vigor.