Como coletar e tipos de urina usados para exames laboratoriais, são questões que iremos abordar neste texto. Para colher uma amostra de urina que represente o estado metabólico do paciente, é necessário controlar certos aspectos relacionados ao horário, duração, dieta e medicamentos ingeridos e métodos da coleta. Saber como colher a urina certa para o exame solicitado pelo médico, é importante para que o resultado seja o mais fidedigno possível. Vários nomes são usados para se referirem a este tipo de análise: Urina I, urina tipo 1, EAS, parcial de urina, sumário de urina, exame de urina e outros.
O exame de urina EAS, é utilizado pelo médico visando complementar o diagnóstico, o resultado da análise proporciona informações importantes no que diz respeito a doenças e estado das vias urinárias. Basicamente a urina é composta por uréia e outras substâncias químicas inorgânicas (cloreto, sódio e potássio) e Orgânicas (creatinina e ácido úrico) diluídas em água. O exame de urina serve, por exemplo, para identificar uma possível infecção bacteriana.
Coleta de urina – tipos de amostra
É muito importante colher a urina em recipiente limpo e seco. Se no pedido do médico constar urocultura, que é a cultura de urina, o material biológico deverá ser coletado em frasco estéril.
Colocar uma etiqueta no frasco (não na tampa) com o nome do paciente, data e hora da coleta.
Levar ao laboratório o mais rápido possível, e não congelar a amostra.
Dependendo da suspeita do médico ele poderá solicitar tipos diferentes de exame de urina, como urina aleatória ou urina de 24 horas.
Urina aleatória
É útil para detectar anormalidades que sejam bastante evidentes, em caso de pacientes no pronto-socorro e urgências. Devido à ingestão de alimentos ou atividade física realizadas muito próximo do momento da colheita do material, o teste pode não ser muito preciso, mas oferece bons indícios para o diagnóstico do médico.
Coleta de amostra: primeira amostra da manhã – jato médio
Amostra ideal para exame de rotina ou Tipo I de preferência deve ser colhida no laboratório, se não for possível o frasco com o material deve ser levado ao laboratório dentro de 1 hora.
Este tipo de amostra é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a protenúria ortostática (deitado). Trata-se de uma amostra mais concentrada o que garante a detecção de substâncias que podem estar presentes nas amostras aleatórias, porém, diluídas.
Amostra de jejum
É resultado da segunda micção após um período de jejum, por isso é diferente da primeira amostra da manhã. Essa amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a monitorização de glicosúria (glicose na urina).
Amostra colhida 2hs após a refeição
Urinar, pouco antes de se alimentar normalmente, colher uma amostra 2 horas após comer. Faz-se a prova de glicosúria e os resultados são utilizados principalmente para controlar a terapia com insulina em pessoas com diabetes mellitus.
Pode-se fazer uma avaliação mais completa do estado do paciente se for feita uma comparação entre os resultados da amostra colhida 2 horas após a refeição e os da amostra colhida em jejum.
Amostra de urina de 24 horas (ou com tempo marcado)
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de determinada substância química na urina, ao invés de registrar apenas sua presença ou ausência. Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos exatos. A amostra pode ser colhida por um período mais curto.
Entretanto, deve-se tomar cuidado para manter se hidratado durante os períodos de coletas curtas. Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada, é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga vazia. Pegar no laboratório recipiente devidamente limpo e seco para coleta, já que o volume será bem maior que o normal.
1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas, as amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas.
2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina novamente e coloca este material junto com aquela previamente colhida. Depois leve até o laboratório todo volume que foi recolhido.
Coleta estéril – jato médio para realizar urocultura
Coletar em pote (frasco) estéril. É útil para realização de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana.
Como coletar a urina:
Mulheres: De preferência no vaso sanitário, sentar com as pernas afastadas, fazer assepsia da vagina, lavando com bastante água e sabão, enxaguar bem e secar. Destampar o frasco estéril.
Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato (primeira porção da urina que sai).
Colher a porção média no frasco estéril, urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. Desprezar o restante da micção. Tampar o frasco imediatamente. Salvo casos graves evitar coletar em período menstrual.
Homens: fazer assepsia , lavando com bastante água e sabão, enxaguar bem e secar. Destampar o frasco estéril.
Depois, retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato de urina que sair.
Colher a porção média no frasco estéril urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. Desprezar o restante da micção. Tampar o frasco imediatamente. Não é necessário colher grande volume, 10 a 20 ml é ideal.
Os tipos de amostras e coletas mais usuais são estas, existem outros tipos de amostras que podem ser colhidas, dependendo da análise que é necessário ser realizada além do estado de saúde em que se encontra o paciente.
Para fazer o exame de cultura de urina – urocultura, veja as informações neste texto.