Também conhecido como Cobre-ocidase, ferro-oxidase o exame tem a função de diagnóstico de uma importante patologia conhecida como Doença de Wilson que pode ocasionar depósito de cobre no fígado, córnea, rins e cérebro, serve também para avaliação da presença da síndrome de Menkes; com resultado alterado em hepatite crônica ativa, cirrose e outras doenças hepáticas.
Recebo frequentemente no blog perguntas sobre vários tipos de exames, como fazer o teste, quando colher o sangue, se tem alguma restrição, o motivo de estar com resultado alto ou baixo, por isso, além dos textos tradicionais sobre saúde, tecnologia em equipamentos e outros, também darei uma atenção especial para exame específicos, para tornar o esclarecimento de dúvidas e o entendimento sobre ele mais fácil.
A ceruloplasmina é uma glicoproteína produzida a partir do fígado, apresenta atividades enzimáticas, nela está contido por volta de 90% do cobre sérico total, apresentando comportamento de proteína de fase aguda tardia.
O exame é realizado em aparelhos automatizados usando técnica de nefelometria, sendo que o material biológico para análise é o sangue coletado da veia do braço e colocado em tubo sem anticoagulante, depois levado à centrífuga para separação das hemácias da parte líquida, o soro, será este material usado para a análise.
A principal aplicação do uso da ceruloplasmina é o diagnóstico da doença de Wilson (degeneração hepatolenticular), uma doença autossômica recessiva, onde as concentrações de ceruloplasmina plasmática são tipicamente reduzidas, e o cobre não ligado e urinário estão aumentados. Ocorre no metabolismo do cobre uma deficiente excreção biliar e conseqüente depósito do metal no fígado, córnea, rins e cérebro. A doença evolui e acaba sendo fatal se não fizer um tratamento para eliminar este cobre.
Resultados alterados e jejum
Para coleta do sangue conforme explicado acima, é necessário respeitar um jejum.
Valores aumentados: doenças inflamatórias e neoplásicas (a ceruloplasmina é uma proteína de fase aguda com atividade lenta), gravidez, uso de estrogênios e intoxicação com cobre.
Valores baixos: Principalmente presente na doença de Wilson, má nutrição, síndrome de Menkes, síndrome nefrótica, doença hepática avançada.
Resultado em quanto tempo e onde fazer o exame
O exame não demora para ser realizado, geralmente é coletado no período da manhã e entregue no dia seguinte, praticamente todos os laboratórios fazem a coleta do sangue para realização deste exame, mas atenção – se o laboratório que você realiza seus exames enviar para um centro diagnóstico de referência, desta forma seu resultado certamente irá demorar mais para ser entregue. Pergunte no momento da coleta do sangue se o teste será realizado no mesmo laboratório ou enviado para terceiros.
Não esqueça de levar documentos e de solicitar protocolo de coleta e senha para retirar seu resultado pela internet caso ofereçam esta comodidade.
Valores normais ou de referência
Em adultos os valores normais são: 21,0 a 53,0 mg/dL.
Em crianças com idade de 1 a 9 anos: 30,0 a 70,0 mg/dL.