Nos anos 50 o teste de gravidez não era esta praticidade que vemos hoje em que você vai no laboratório colhe o sangue ou leva a urina e logo o resultado estará pronto, ou até mesmo vai até uma farmácia pede por um teste de gravidez e o balconista ou farmacêutico lhe traz um, você leva para casa e realiza o teste no conforto de seu lar.
Usava-se antigamente para fazer o teste de gravidez a reação de Galli-Mainini, onde o sapo anunciava a gravidez, além é claro de quando beijado por uma princesa ele tinha que virar príncipe.
O teste funciona basicamente assim: Coleta-se a urina da mulher com suspeita de gravidez, e ela deve evitar a ingestão de muitos líquidos para não diluir a urina.
Agora a parte mais difícil que é conseguir dois sapos, isso mesmo sapo (bufo), macho, com mais de 100 grama de peso. Primeiro injeta-se 10 ml de urina via subcutânea de modo a atingir o saco linfático do animal e se esta urina tiver o hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) vai induzir a liberação de espermatozóides que são levados até a cloaca e se acumulam aí e na urina da bexiga.
Decorrido a primeira ou segunda hora introduzir uma pipeta (um tipo de canudo) na cloaca do sapo e obter a urina ali alojada. Levar ao microscópio para analisar.
Caso seja positivo, aparecem espermatozóides semelhantes a finos riscos pretos, dotados de movimentos e uma fina cauda. Concluindo-se que a urina aplicada é de uma mulher grávida.
A positividade da reação é de 99,5% a 100% nas gestações de menos de quatro meses e depois do quarto ou quinto dia da amenorréia segundo Vallada.
Até um sapo pode trazer boas notícias. Ufa, e viva a modernidade, não me imagino mexendo com sapo o dia todo no laboratório.
Alguns laboratórios tinham uma pessoa responsável por caçar e trazer os sapos.