Recentemente o instituto em São Roque, Royal, sofreu um ataque por ativistas, invadiram e levaram 178 cães, sete coelhos – O caso foi parecido com o relatei aqui no site que ocorreu na Universidade de Milão, na Itália, também foi atacado e teve um grande estrago, libertaram vários animais que faziam parte de pesquisas genéticas para transtornos psiquiátricos, como o autismo e a esquizofrenia naquela instituição.
Na universidade na Itália, os pesquisadores que mantinham os trabalhos revelaram que perderam no mínimo um ano de atividades e informações, alguns deles chegaram a chorar depois de encontrar os laboratórios abertos e os animais de suas árduas pesquisas misturados, ou sumidos.
Sobre as pesquisas no instituto do Brasil, exames realizados entre 2006 e 2012, 62,3% são testes de produtos farmacêuticos, para combater o câncer, por exemplo. Vinte por cento eram destinados à pesquisa e desenvolvimento de moléculas e 1,3% teve como o fim a avaliação de cosméticos. A instituição informou que pesquisas feitas com os animais – algumas com mais de dez anos de duração – foram perdidas, afirmam que o prejuízo é incalculável para a ciência e a saúde brasileiras.
Quando reportei o caso do laboratório na Itália, relatei algumas opiniões dos envolvidos, e segue também algumas opiniões sobre o ocorrido por aqui.
99% dos “defensores dos animais” que invadiram o instituto nunca foram conhecer um hospital oncológico, nem sabe o que é uma quimioterapia. Ali se pesquisava medicamentos. Anos de pesquisa destruídos pelo fanatismo quase religioso (Regis).
Assista vídeo de esclarecimento com a Gerente Geral da instituição, Dra. Silvia Ortiz.
Morales comenta também: “Talvez daqui a 200 ou 300 anos a gente deixe de usar animais. Mas, por enquanto, eles são extremamente importantes.” Não só medicamentos de uso humano, mas os de uso veterinário também são previamente testados em animais.
Para atuar no setor, as empresas devem seguir as normas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).
A apresentadora Luisa Mell, uma das ativistas que participou do movimento comenta no seu blog:
“Amigos, por favor não se deixem enganar pela imprensa comprada e pelas mentiras que são contadas pelos diretores do Instituto Royal. Percebam que a própria Globo teve que dar um desmentido depois que a Anvisa exigiu, para contestar mais uma mentira do Instituto Royal.”
“E essa não é a primeira mentira do Instituto. O instituto esconde o que faz atrás daqueles portões. Perceberam que ninguém até hoje conseguiu entrar lá a convite deles?Só a rede Globo, né? Por que eles escondem a todo custo as empresas que são clientes? Porque são uma oscip? Receberam cinco milhões do governo Federal( do meu, do seu, do nosso dinheiro!!) e se negam a mostra o que fazem? Se negam a revelar quais os clientes que contratam o seu serviço? Queremos saber, temos o direito de saber!!!Aliás se as empresas pagam para eles, porque são uma oscip.”
Simples, coerente e sensato. A maioria absoluta dos ativistas dessa causa não tem formação ou mesmo o mínimo conhecimento da área. Acredito que, como eu, a maioria dos biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros são contra a experimentação animal, mas entendem que ela é necessária e que é uma utopia dizer que existem alternativas hoje. Uma pessoa que afirme ser absolutamente contra não pode ser chamada de outra coisa senão hipócrita (Lúcia Durães · UFAM – Universidade Federal do Amazonas).
O instituto está sendo investigado e se realmente a instituição não cumpria as normas e códigos para uso de animais em pesquisa conforme afirma os ativistas, sou a favor de que sejam exemplarmente punidos. E você está de que lado?