O exame de reticulócitos é importante para avaliar se a medula óssea está com boa capacidade de produzir novas células vermelhas. Algumas vezes a solicitação do médico é realizada como contagem de reticulócitos.
Os eritrócitos são células que passam por um processo natural de maturação, e em um estágio as hemácias perdem o núcleo, mas alguns delas mantém vestígios de material nuclear, em especial o RNA, e são estes que designamos como reticulócitos.
O exame serve para realizar diagnóstico diferencial de anemias e para avaliar se o tratamento está surtindo o efeito esperado.
Para a coleta do sangue o ideal é que o paciente faça um jejum de 8 a 12 horas, no laboratório o material será coletado da veia deste paciente e adicionado em um tubo contendo um produto para evitar a coagulação do sangue, solução de EDTA.
Na realização do exame propriamente dito muitos laboratórios fazem o teste em equipamentos automatizados e outros fazem o teste manualmente, misturando uma porção do sangue com azul de cresil brilhante de acordo com o hematócrito deste paciente, depois é realizado a contagem dos reticulócitos levando a lâmina de um esfregaço deste material para visualização no microscópio.
O resultado do exame de reticulócitos, geralmente é liberado no dia seguinte ao da coleta, e os valores normais são quantativamente 30.000 a 100.000/MM3 ou 0,6 a 2,5%.
Resultados de contagem de reticulócitos com valores aumentados, conhecido como reticulocitose, indica uma hiperatividade da medula óssea, como ocorre nas anemias hemolíticas. Pode também ocorrer um aumento depois de iniciar terapia para anemia por deficiência de ferro ou anemia perniciosa.
Resultados com valores diminuídos, conhecido como reticulocitopenia, indica uma hipoatividade da medula óssea, como ocorre na aplasia medular.