A demência é um comprometimento persistente ou progressivo de múltiplas capacidades cognitivas tais como intelecto, comportamento e personalidade. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência lentamente progressiva ao longo de vários anos.
Os sintomas e sinais mentais aparecem antes que os sinais físicos por vários meses e anos. Quase todos os pacientes estão acima dos 60 anos de idade, existe uma estimativa que 5 a 10% de pessoas acima de 65 anos são afetadas. Além do envelhecimento outro fator de risco, antecedente familiar, deve ser considerado. A Renata Pinheiro escreveu sobre a doença:
Paciente com alzheimer perde sua identidade, autonomia e sua independência
“à medida que a doença avança, passa a ser cada vez mais difícil conviver com o paciente. É difícil ver uma pessoa querida perdendo sua identidade, sua autonomia, sua independência.”
“Por causa da minha profissão, convivi algumas vezes com pacientes com Alzheimer. Era fácil perceber o quanto a doença prejudicava a vida do paciente e como ela envolvia todos os familiares, amigos, cuidadores”
A forma mais evidente é observada como uma perda de memória recente, algumas vezes associada a alterações de personalidade, apatia, afastamento do convívio social.
Seguido por sinais focais tais como perturbação da linguagem que consiste na má coordenação das palavras, dislexia, dispraxia (disfunção motora neurológica), agnosia (perda da capacidade de reconhecer objetos) e mais tarde perda do controle esficteriano. Tudo isso causa em muitos casos abandono da família.
Além da doença de alzheimer, uma ampla variedade de outras condições podem causar demência, algumas tratáveis, de modo que a investigação é importante nos pacientes mais jovens com demência.
Não existe um teste único para o diagnóstico. O relato do paciente, familiares e pessoas próximas fazem parte de um conjunto de observações que junto com o exame físico e mental compõem o diagnóstico.
Exames laboratoriais também são importantes no diagnóstico
Exames laboratoriais são necessários para descartar outras patologias que podem levar a perda de memória como infecções, problemas tireoidianos.
Por isso, exames de sangue também são solicitados para integrar o conjunto de avaliação médica, entre eles podemos citar: Hemograma completo, Uréia, creatinina, TGO, TGP, T3, T4, TSH, glicose, cálcio, sorologia para sífilis (VDRL), sorologia para HIV, LCR (exame do líquor), HEP e dosagens de metais.
Além destes, radiografia do tórax e do crânio, EEG,Tomografia Axial Computadorizada de Crânio – Sem Contraste, são utilizados. E ainda, ApoE –Genótipo, Proteína Tau/Aß42.
Exame importante a proteína presenilina
Outro exame importante a proteína presenilina 1 (PS1), que tem o gene mapeado no cromossomo 14, e a presenilina 2 (PS2), que tem o gene no cromossomo 1, mostram ter papel importante na ocorrência da doença de Alzheimer.
O gene da PS1 e responsável por cerca de 40% dos casos familiares e de acometimento precoce.
Um novo teste cognitivo para detectar doença de Alzheimer é mais rápido e mais preciso do que muitos testes usados atualmente, e pode ajudar no diagnóstico precoce de Alzheimer, demência ou disfunção cognitiva leve,
Pesquisadores do Hospital Addenbrooke em Cambridge, Inglaterra, desenvolveram um novo teste para Alzheimer e demência.
Test Your Memory (TYM) teste questionário para Alzheimer
Test Your Memory (TYM) é um resumo, em papel, o teste ou questionário leva cerca de 5 minutos para ser aplicado, o TYM é composto de dez tarefas simples.
Tarefas incluem: a capacidade de copiar uma frase, como os itens se relacionam entre si, matemática simples, e a capacidade de recordação.
Nos testes realizados por este método detectou 93% dos pacientes com doença de Alzheimer, enquanto outras metodologias usadas rotineiramente detectaram 52% dos pacientes com a doença.
No site da ABRAz Associação Brasileira de Alzheimer é possível encontrar muitas informações, novidades, novos tratamentos e meios de diagnóstico.
Uma das informações está relacionada aos cuidados com as pessoas portadoras da doença, como por exemplo, estabeleça rotinas, mas mantenha a normalidade, incentive a independência, ajude o portador a manter sua dignidade, evite confrontos, faça perguntas simples, além de outras que podem ser lidas no site.
A revista “Neurology”, publicou pesquisa afirmando: Pessoas que apresentaram hematomas por quedas, infecções respiratórias, gastrointestinais, apresentam aumento do fator de necrose tumoral (TNF, na sigla em inglês) e este aumento pode implicar em piora no quadro do Mal de Alzheimer.
Pessoas obesas estão em maior risco de desenvolver Alzheimer
Outra pesquisa realizada por estudantes de medicina da Universidade de Pittsburgh School of Medicine, comparou os cérebros de pessoas obesas de idade avançada, obtiveram em média 8% menos tecido cerebral que as com peso normal, também, os adultos mais velhos e com sobrepeso tiveram 4% menos tecido cerebral que os com um peso adequado.
A mais recente novidade sobre a doença de alzheimer é a descoberta de três novos genes relacionados à doença, o que pode reduzir em até 20% seus índices de incidência, segundo o estudo, estes genes também ajudam a reduzir as inflamações que danificam o cérebro, causadas por uma excessiva resposta do sistema imunológico.
Podemos reduzir bastante o risco de Alzheimer, com base nas últimas pesquisas, se comer de forma saudável e manter o peso sob controle, uso da vitamina D, exercícios físicos, controle do colesterol, reduzir a quantidade de carne vermelha bacons e salames na alimentação, soja fermentada, pequenas doses de vinho tinto, e uso moderado de café tem mostrado efeito benéfico.