Uma pesquisa, a fase III do estudo tailandês em busca de uma vacina contra o HIV, também conhecido como RV144, exército dos E.U. em conjunto com o governo da Tailândia em testes da vacina contra AIDS reduziu o risco de contrair o vírus HIV em uma proporção jamais alcançada por outro estudo realizado, esta vacina é resultado da junção de dois outros estudos que não surtiram efeitos separadamente, mas depois de unir as bases de análise o resultado foi tão bom que Organização Mundial de Saúde (OMS) e o programa conjunto da ONU para a aids (UN/Aids), comemoraram.
Muitos estudos e notícias sobre medicamentos, vacinas, surgem frequentemente, eu, pouco informo aqui sobre estas pesquisas, porque a maioria delas é apenas laboratórios ou pesquisadores particulares tentando angariar recursos usados para aplicar em novas análises ou para outros fins alheios à pesquisa, mas este último estudo deve ser relatado.
As vacinas usadas em conjunto, contra a aids, diminuiram, pela primeira vez, o risco de infecção pelo vírus HIV, afirmam cientistas, o esquema vacinal foi administrado em 16 mil voluntários na Tailândia, no maior teste já realizado com uma vacina contra a aids.
Quais as vacinas utilizadas e como agem
As vacinas incluídas neste estudo são, ALVAC HIV (vCP1521) que é um vetor viral geneticamente modificado e a ação do vírus é enfraquecida, de três genes de HIV (env, gag, e pro), ela é uma forma deficiente de um vírus de pássaro, canarypox que não pode crescer ou causar doenças em seres humanos, e AIDSVAX B/E (gp 120) uma proteína de superfície do vírus HIV, o esquema vacinal usado envolve um total de seis imunizações, quatro imunizações com ALVAC e dois com AIDSVAX dado ao mesmo tempo, com os dois últimos ALVAC-HIV injetáveis. Esta combinação de duas vacinas diferentes é chamada abordagem prime-boost, duas vacinas são dadas em sequência com o objetivo de uma resposta forte e abrangente do sistema imune.
A ALVAC, da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da farmacêutica francesa Sanofi-Aventis e AIDSVAX, originalmente desenvolvido pela VaxGen Inc. e agora detidos pela Global Solutions for Infectious Diseases, uma organização sem fins lucrativos fundada por alguns ex-empregados VaxGen.
O resultado obtido nesta pesquisa foi uma porcentagem ainda baixa, de 31,2% de redução do risco de infecção, mas valores que não deixam dúvidas de que seja realmente possível alcançar uma porcentagem de redução de risco acima dos 70%, o mínimo que deve ser atingido para uma aprovação.
A vacina não teve efeito sobre os níveis de HIV no sangue para aqueles que se tornaram infectados, outro motivo de análise da pesquisa.
Pesquisadores ainda devem procurar respostas para questões como, quanto tempo vai durar a proteção, se doses de reforço serão necessárias, e se a vacina ajuda a prevenir a infecção em homens homossexuais e usuários de drogas injetáveis, já que foi ensaiado na sua maioria em heterossexuais, observar efeitos contrários para não incorrer em erros do passado, em que foi produzido vacinas que mataram voluntários, além destes, outro ponto importante é saber se a vacina terá a mesma atividade em cepas do vírus HIV de outras partes do mundo.
Detalhes do estudo de 105 milhões dólares, será dada em uma conferência de vacina em Paris, em outubro, vamos aguardar.