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PGRSS – Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

Um tema que eu estava devendo para muitos leitores do blog é o PGRSS – que é o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde, anteriormente conhecido como gerenciamento do lixo, importante e também aplicável à nossa residência. Sabendo que trabalho em um hospital, muitos colegas fazem solicitações via formulário de contato pedindo materiais sobre gerenciamento de resíduos, resolvi criar uma categoria para este tema relevante na conservação do meio ambiente e da vida humana.

pgrss.gifVou apresentar aqui um apanhado geral para que fique fácil de entender e não se torne cansativo, já que o tema é vasto.

Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) = provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal.
Os RSS oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente sempre que o manejo for inadequado.

Qualquer descuido no manejo dos RSS põe em risco todos os trabalhadores da saúde, principalmente os que estão relacionados com a limpeza e coleta.
O PGRSS tem como principal objetivo atender à Resolução 358/05 (CONAMA) e a RDC 306/04 (ANVISA), a fim de:

  • Melhorar as medidas de segurança e higiene no ambiente hospitalar;
  • Contribuir para o controle de infecção hospitalar e acidentes ocupacionais;
  • Proteger a saúde e o meio ambiente;
  • Reduzir o volume e a massa de resíduos contaminados;
  • Estabelecer procedimentos adequados para o manejo de cada grupo;
  • Estimular a reciclagem dos resíduos comuns não contaminados.

 

O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra-estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as etapas a seguir:

Segregação – É uma das etapas mais importantes para um gerenciamento adequado e consiste em separar e selecionar os resíduos segundo a classificação adotada na fonte
Esta etapa envolve todos os profissionais da instituição, pois é realizada pela pessoa que produz o resíduo no local onde é produzido.

A separação deve ser feita sempre na origem, pois não se admite manuseio posterior.

O principal objetivo não é apenas reduzir a quantidade de resíduos com risco biológico, mas também criar uma cultura organizacional de segurança e do não desperdício.

Tratamento – Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características do resíduo, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente.

Acondicionamento – As principais funções do acondicionamento adequado dos RSS são: isolar os resíduos do meio externo, evitando contaminação e mantendo afastados os vetores; identificar, através das cores, símbolos e inscrições a classe do resíduo; manter os resíduos agrupados, facilitando o seu gerenciamento, transporte e tratamento.
Identificação – A identificação dos RSS através de símbolos permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo.

Coleta e transporte interno – Consiste na retirada e translado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
O transporte interno de resíduos é realizado atendendo o roteiro e horários previamente definidos, para não coincidir com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. É feito separadamente em carros coletores específicos a cada grupo de resíduos.

Armazenamento externo – Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores.

Coleta externa – Consiste na remoção do RSS do abrigo até a unidade de disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores e do meio ambiente.

Disposição final – Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, com licenciamento ambiental.

Em outros artigos estaremos abordando a segunda parte do PGRSS. Agradeço à equipe da CCIH do hospital, que disponibilizou este importante material, para que os leitores do blog que tenham interesse no assunto possam usufruir dele.

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Atualização 15/09/08: criei um novo texto: PGRSS: Modelos para baixar, exemplos de planos para implantação.

E ainda: PGRSS – Criando identificação visual, modelos de mascotes e símbolos

Silvano Vilela
Silvano Vilelahttps://www.plugbr.net/about/
Farmacêutico Bioquímico. Escreve sobre exames laboratoriais, testes de farmácia e tecnologia em saúde. Compartilha neste site que fundou em 2006 as experiências adquiridas dentro de um hospital.

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