Dentro de pouco tempo poderemos ter novidades no ar, os drones certamente devem ganhar espaço no transporte de produtos em várias áreas, materiais biológicos como fezes, urina, sangue, escarro e medicamentos voando para chegar mais rápido no destino será uma realidade, a nova coleta domiciliar de exames laboratoriais. Estudo publicado em Plos One avaliou se amostras de sangue transportadas em drones sofrem variação no resultado.
Um exame de urina, fezes ou até sangue coletado na casa do paciente pode ser transportado para o laboratório e chegar muito rápido no destino. Uma caixa de antibiótico despachada da sua farmácia de confiança pode chegar dentro de poucos minutos. As aplicações são muitas e realmente os drones podem agilizar a vida das pessoas futuramente.
O usuário, no conforto de sua casa poderia acessar o site do laboratório que presta este tipo de serviço de coleta, criar um cadastro com todos os seus dados e local de sua residência, selecionar os exames que deseja fazer ou que o médico tenha solicitado, e o sistema informará qual ou quais os material necessários e indica os procedimentos de coleta, observações gerais acerca do exame, e solicitará que avise no site quando o material estiver disponível para coleta. Uma pesquisa foi realizada recentemente visando avaliar se o processo seria viável.
Uma pesquisa realizada com sistemas aéreos não tripulados ou drones, buscou entender se poderiam ser utilizados no transporte de rotina de pequenas mercadorias, tais como amostras de laboratório de diagnóstico clínico, principalmente sangue, para identificar se os testes sofreriam variação devido ao voo. O estudo foi feito com colaboração Johns Hopkins University e Makerere de Uganda, chefiada pelo patologista Timothy Amukele.
Para realizar os testes, três amostras pareadas foram obtidas de 56 voluntários adultos em um único evento de retirada do sangue, 336 amostras no total: dois tubos de cada um para diferentes áreas de análise, química, hematologia, teste de coagulação. 168 amostras foram levadas para realização dos exames sendo transportado no drone e os outros foram mantidos no local, sem usar o equipamento de transporte aéreo.
Os tempos de transporte dos materiais biológicos variaram de 6 e 38 minutos. Após o voo, 33 teste de química, hematologia e testes de coagulação mais comuns foram realizados.
Avaliando os resultados e comparando amostras que voaram e amostras que não passaram por este procedimento, chegaram a conclusão de que não afeta a precisão de rotina química, hematologia, coagulação, não apresentaram deterioração na contagem de células vermelhas ou níveis de glicose, significa que drones poderiam tornar-se uma alternativa útil para o transporte de amostras por meios tradicionais. No entanto, resulta em precisão ligeiramente pior para alguns analitos.
Organizações como Médicos Sem Fronteiras também estão experimentando a ideia. Amostras biológicas para exame, presentes em áreas remotas poderiam ganhar um aliado para transporte rápido até um laboratório.
Estes equipamentos são mais baratos do que motocicletas, não estão sujeitos a atrasos no trânsito, e a tecnologia já existe para o drone ser programado e ir até a ‘casa’ usando determinadas coordenadas de GPS.