Um dos problemas na prática laboratorial, principalmente para profissionais que estão iniciando nesta área é a existência de exames de sangue com nomes grandes, difíceis de serem pronunciados, e mais difíceis ainda de serem lidos em alguns pedidos médicos, vários deles são um verdadeiro palavrão. O que mais encontramos no menu de exames de laboratório são nomes parecidos com sopas de letrinhas, metaiodobenzilguanidina, outros além de ser uma sopa de letrinhas são temperados com números, 17-hidroxipregnenolona, 3-alfa-androstanediol-glicuronídeo ou 1,25-dihidrovitamina-D3.
Nomes como Creatinofosfoquinase MB, Ácido delta-aminolevulínico desidratase, Deidroepiandrosterona, estão na lista das palavras que devem ser pronunciadas nos cursos de dicção, claros, depois daquele nível básico – Três pratos de Trigo para três tigres tristes, ou num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há, quem desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será. Depois de um treinamento intensivo será fácil dizer Metilenotetraidrofolato redutase, uma enzima conversora antes conhecida como EC 1.1.1.171, bem mais fácil.
Algumas solicitações de exames praticamente ilegíveis, como algumas de medicamentos e que devem acabar, pelo menos em Brasília, representam outro problema. A atendente do laboratório provavelmente terá dificuldades de ler um pedido que tenha nomes de exames como, paracoccidioidomicose, supressão de catecolaminas com clonidina para feocromocitoma, EAS, teste de Hiperaldosteronismo primário, escritos em letras ou rabiscos tortos.
Se por um lado são nomes difíceis de pronunciar, por outro, também pode ser uma rica fonte para escolher nomes para os bebês, mandélico, Cintilografia, Gamaglutamil, Legionella, Sinovial, são com toda certeza, bem diferentes.