Um estudante de pós-graduação da divisão Harvard-MIT de Ciências da Saúde e Tecnologia está trabalhando em um sistema para avaliar sinais vitais apenas colocando a pessoa na frente de um computador ou laptop com webcam. A respiração, pulso e pressão arterial são determinados nas UTIs com sensores que ficam ligados ao corpo para acompanhar as constantes variações dos sinais, isso poderia mudar.
Ming-Zher Poh sugere que tal monitorização não-invasiva pode ser útil para situações em que os sensores ligados ao corpo seria difícil ou desconfortável, como para o acompanhamento vítimas de queimaduras ou recém-nascidos.
Usar apenas uma câmera simples para monitorar remotamente os sinais vitais de um paciente poderia realmente ser uma grande revolução quando transportamos a ideia para o campo da medicina sem fio, pacientes poderiam evitar muitas idas aos estabelecimentos de saúde enviando os dados coletados pela internet para seu médico acompanhar.
Phoh prevê o uso do sistema em telemedicina, usando a webcam do próprio paciente ou mesmo a câmera de telefone celular, propõe ainda o uso da tecnologia embutida no espelho do banheiro para casos que necessitem acompanhamento mais frequente, por mais pessoas na casa.
Um sistema parecido com o que google utiliza para identificar a posição do rosto nas imagens, é usado no projeto, e então a informação digital a partir desta área é dividida e separada em porções do vermelho, verde e azul, pequenas variações no brilho produzido pelo fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos no rosto são identificados e medidos depois comparados em sensores de pulso disponíveis.
Variações de luminosidade e movimentação foram corrigidos com base no sistema que já é utilizado para separar e voz de outras conversas paralelas.
Usar uma câmera simples e barata, mesmo em pessoas que se deslocam moderadamente e a capacidade de controlar várias pessoas ao mesmo tempo é algo novo, por isso ainda é necessário trabalhar no desenvolvimento do sistema o mais fidedigno possível e medir a pressão arterial e oxigênio no sangue a partir das imagens capturadas.
Poh afirma que “Não vai ser fácil”, diz ele sobre os próximos passos.”Mas, teoricamente, deveria ser possível.” Outros cientistas estão empolgados com os resultados e interessados em colaborar neste projeto.