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Gripe suína – A pandemia pode ser global, mas o enfrentamento é local

Sabemos que a epidemia de gripe suína pelo vírus H1N1 avança rapidamente, novos casos suspeito surgem a tudo momento, neste instante 20 casos estão sendo monitorados no Brasil. Pessoas que estiveram em regiões com casos já confirmados estão sob suspeita, exames estão sendo coletados para realização de testes laboratoriais.

E a sua região, sua cidade está preparada? A vigilância sanitária e epidemiológica está atuando, coletando informações necessárias para tomar decisões? A população e profissionais da saúde estão sendo frequentemente avisados, informados sobre todos os aspectos relativos a prevenção, controle, maneira de lidar com doentes, tratamento e demais procedimentos? Os hospitais estão com as equipes bem informadas sobre isolamento e medicação?

Estes procedimentos não são para alarmar a população, mas o sinal de alerta deve estar ligado. Cobre do poder público do seu município ou estado, e também faça sua parte, informe. Esperamos e temos forte tendência a acreditar que não será necessário medidas extremas, mesmo assim, fique atento. Uma estrutura básica de ação para estes momentos:

  1. Preparação, observação e aviso – Se a transmissão homem-a-humano se torna comum, um dos motivos da mudança para o alerta fase 4, isto permite-nos saber que temos de olhar para os casos em nossa área. Trabalhadores da saúde devem aumentar as suas observações de pacientes nos próximos atendimentos. É fundamental realizar uma boa entrevista com o paciente suspeito, se esteve em área de risco ou contato com alguém que esteve nestas áreas. Preparar a equipe e observar todos os detalhes que possam servir para identificar pacientes que possam estar infectados é primordial. Manter toda equipe de saúde informada sobre os acontecimentos recentes no local.
  2. Etapas de resposta – Medidas básicas depois de identificar um caso suspeito para contenção, tratamento e segurança da equipe.
  • Isolar – Quando um paciente foi rastreado e identificado como potencialmente portador de uma pandemia gripal, o paciente é colocado em isolamento. Esta seria normalmente em uma sala respiratória de pressão negativa, que impede que os germes circular para fora do recinto. O contato com o paciente é limitado e os profissionais da saúde seguem diretrizes específicas para impedir a propagação da infecção.
  • Coordenar – Notificar e avisar o pessoal dos órgãos de vigilância em saúde, municipais, estaduais e federais, trocar informações de entrada de novos casos na rede de informação, mantendo constante comunicação entre todos os setores da saúde, inclusive hospitais particulares. Amostras biológicas são coletadas e enviadas para os laboratórios de referência junto com as notificações necessárias.
  • Comunicar – Casos confirmados devem ser informados a população para aumentar medidas de proteção, evitando surgimento de novos casos, o serviço de saúde deve manter a informação atualizada.

Todas estas medidas são básicas em qualquer situação deste tipo, para maiores informações procure a rede de vigilância em saúde de seu município, pois cada localidade desenvolve ações que devem ser seguidas pelos profissionais daquela área. Veja aqui em arquivo Pdf o plano brasileiro de enfrentamento de pandemia por influenza com todos os procedimentos detalhados (223 páginas).

O site da OMS – Organização mundial da saúde oferece dicas oficiais para vigilâncias e população em geral.

Neste vídeo algumas medidas que você pode tomar no seu recinto de trabalho, na rua ou no seu lar.

A pandemia poderá ser global, mas as ações para controle devem ser locais.

A OMS está coordenando as atividades para conter a epidemia, dia 29.04.09 acontece nova reunião para análise científica com a comunidade científica para fornecer atualizações sobre dados epidemiológicos, clínicos e traças novos planos de ação.
Outra fonte de informação oficial – CDC.
No Brasil o site da ANVISA informa sobre os procedimentos que devem ser adotados e está no ar um hotsite para informações específicas. Aqui lista de hospitais de referência para caso de pandemia.

Laboratórios de referência no Brasil: o Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS), o Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) e o Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/MS).
Nesta quarta-feira, 29, será realizado uma videoconferência sobre influenza suína.

Perguntas e resposta sobre vírus influenza H1N1 no site do ministério da saúde.

Atualização 1 [29.04.09]: Margaret Chan, Diretora geral da OMS – Organização Mundial de Saúde acaba de elevar o atual nível de alerta de pandemia de gripe fase 4 para a fase 5. Nesta fase, eficazes e indispensáveis medidas incluem aumento da vigilância, detecção precoce e tratamento dos casos, e controle das infecções em todas as instalações sanitárias. Esta mudança, para uma fase mais elevada é um sinal de alerta aos governos, aos ministérios da saúde e outros ministérios, para a indústria farmacêutica e da comunidade empresarial que algumas ações devem ser realizadas com maior urgência, e em um ritmo acelerado.

Atualização 2 [02.05.09]: Os seguintes países têm relatado casos laboratorialmente confirmados de Influenza A (H1N1), sem óbitos – Áustria (1), Canadá (51), China, Hong Kong Região Administrativa Especial (1), Costa Rica (1), Dinamarca (1), França (2), Alemanha (6), Israel (3), Holanda (1), Nova Zelândia (4), a República da Coreia (1), Espanha (13), Suíça (1) e no Reino Unido (15)

Silvano Vilela
Silvano Vilelahttps://www.plugbr.net/about/
Farmacêutico Bioquímico. Escreve sobre exames laboratoriais, testes de farmácia e tecnologia em saúde. Compartilha neste site que fundou em 2006 as experiências adquiridas dentro de um hospital.

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