Na maioria dos casos, em diabetes tipo 2, o paciente não apresenta sintomas, e geralmente um exame de rotina mostra um resultado alterado, veja quais os valores normais do exame de glicose e hemoglobina glicada para ser considerado que a pessoa tenha a doença.
Em um quadro típico de diabetes tipo 2 o paciente faz muito xixi, visão se torna turva, toma muita água, levanta a noite para fazer xixi e, menos frequentemente, ocorre o emagrecimento.
Fatores de risco para diabetes
Fatores de risco: obesidade e idade maior que 45 anos e uma história familiar de diabetes em parente de 1º grau.
Dislipidemia e história de doença aterosclerótica também são fatores de risco para diabetes tipo 2.
História presente de intolerância à glicose, pressão alta, vida sedentária, uso crônico de corticoides, além de síndrome dos ovários policísticos.
História de parto de filho que nasça com mais de 4 kg e neste caso é considerado macrossômico, por ser bem maior que a média.
Diagnóstico de diabetes
Alguns sintomas são típicos quando estamos buscando um diagnóstico desta doença.
Uma pessoa que apresente os sintomas clássicos de diabetes é a primeira suspeita.
Esta pessoa tendo um resultado de glicemia feito a qualquer momento do dia com resultado maior ou igual a 200 mg/dL confirma o diagnóstico.
Entretanto, se esta mesma pessoa tem um resultado com glicemia menor que 200 mg/dL não exclui a possibilidade de ser diabético.
Neste caso, deve ser solicitado novos exames para auxiliar o diagnóstico: glicemia de jejum (mais indicado) e/ou hemoglobina glicada.
Quais os exames indicados para diagnóstico de diabetes
Os exames que melhor atendem a esta finalidade de rastreio do diabetes podemos dizer que é a glicemia de jejum e hemoglobina glicada.
Com estes resultados de exames, buscando diagnosticar diabetes, vamos analisar segundo os parâmetros estabelecidos para o caso.
Resultado de exame de glicemia de jejum menor que 100 mg/dL ou hemoglobina glicada menor que 5,7 – Pessoa é considerado normal e novo rastreio pode ser realizado em 3 anos.
Resultado de exame de glicemia de jejum 100-125 mg/dL ou hemoglobina glicada 5,7-6,4% – Neste caso é indicado realizar novo rastreio em 1-2 anos.
Resultado de exame de glicemia de jejum maior que 126 mg/dL e hemoglobina glicada maior que 6,5% (ambos alterados) – Neste caso já estará confirmado o diagnóstico da doença diabetes.
Caso a hemoglobina glicada e glicemia de jejum mostrarem resultados discordantes, o teste de glicose deve ser repetido buscando a confirmação.
O Teste oral de tolerância á glicose TOTG
Teste oral de tolerância à glicose – TOTG, este exame não está recomendado como teste de rastreio para diabetes.
Entretanto, pode ser solicitado para diagnóstico de intolerância à glicose (considerado como pré-diabetes) naqueles pacientes com índices limítrofes de glicemia de jejum (100-125 mg/dL), por ser este um teste mais sensível.
Exames indicados para acompanhamento: Glicemia de jejum e hemoglobina glicada (reflete o controle glicêmico dos últimos 3 meses).
Complicações crônicas
Pessoas sem um bom acompanhamento médico podem ser descobertas já com complicações crônicas da doença no ato do diagnóstico.
Portanto, o rastreio de complicações crônicas deve iniciar-se já no momento do diagnóstico, e podemos citar algumas:
Neuropatia diabética, nefropatia diabética, retinopatia diabética.
Aquelas pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 apresentam risco aumentado de hipertensão arterial e dislipidemia, sendo necessário manter um controle regular logo depois do diagnóstico.
Critérios Diagnósticos – ADA 2011
Sendo que qualquer um dos critérios abaixo será considerado diagnóstico para diabetes tipo 2.
- Hemoglobina glicada maior que 6,5% (usando metodologia certificada NGSP), confirmada depois de novo exame;
- Glicemia de jejum maior que 126 mg/dL (observando as 8 horas de jejum), confirmada depois de novo exame;
- Glicose sérica ≥ 200 mg/dL no teste oral de tolerância à glicose (2 horas após a ingestão de 75 gramas de dextrose), confirmada depois de novo exame;
- Pacientes sintomáticos com glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL.
Sendo que, dois testes diferentes forem positivos, não há a necessidade de novo teste confirmatório.