A Glicose 6 fosfato desidrogenase (G6PD) é uma enzima presente na transformação da glicose fosfato em pentose fosfato que gera NADPH, por sua vez atua na manutenção de enzimas que possuem ação antioxidante nos glóbulos vermelhos do sangue. A realização do exame G6PD serve para investigar icterícia neonatal, que não seja causada por incompatibilidade ABO/Rh, para investigação de pessoas que apresentam uma anemia hemolítica que melhora e volta a acontecer novamente. A deficiência da enzima leva a ruptura na membrana dos eritrócitos ou hemácias, causando à anemia hemolítica.
A deficiência desta enzima causa sintomas desde os primeiros dias de vida, mas pode ocorrer mais tarde quando expostos a certos alimentos, infecções bacterianas e viróticas e medicamentos como antimaláricos, analgésicos, antibióticos, antipiréticos, sulfonamidas e sulfonas, além de alimentos como o feijão de fava, por isso a doença também é conhecida como favismo. Mas muitos pacientes também permanecer assintomáticos por vários anos.
A deficiência da G6PD é mais frequente no sexo masculino.
O exame para pesquisar a deficiência da Glicose 6 fosfato desidrogenase é realizado colocando pequena porção do sangue do paciente em um papel de filtro ou o sangue coletado com um anticoagulante conhecido como EDTA. A coleta é simples e não exige preparos especiais antes do procedimento.
Geralmente o preço do exame varia entre R$ 15,00 a 30,00 reais, depende da região que o laboratório está localizado.
Uma informação importante que o paciente ou responsáveis por ele devem informar para o atendente no laboratório é se foi submetido a transfusão, caso tenha recebido sangue deverá aguardar pelo menos 120 dias para fazer o teste G6PD. E se o paciente estiver fazendo uso do medicamento aspirina ou algum dos derivados da Vitamina k deve avisar o laboratório quando for fazer o cadastro.
O exame por Fluorimetria apresenta resultado normal quando for superior a 2,2 U/g Hb. E no método enzimático 4,6 a 13,5 U/G Hb. Veja no seu resultado se o laboratório que você realizou o teste indica outro valor de referência.
Este exame também está incluído na lista de análises que são realizadas no teste do pezinho master.
A consequência mais grave da deficiência de G6PD é uma acentuada icterícia neonatal, que pode levar a kernicterus. É comum acreditar que a hiperbilirrubinemia é consequência da hemólise, mas, na realidade, o nível de hemoglobina e a contagem de reticulócitos nos lactentes são geralmente normais, e, usando-se técnicas modernas, tem sido demonstrado que existe apenas um modesto e inconsistente encurtamento do tempo de vida dos glóbulos vermelhos, que pode contribuir de forma limitada para a icterícia. A causa principal de icterícia neonatal em lactentes G6PD deficientes é a incapacidade do fígado para conjugar a bilirrubina adequadamente, agravando a bilirrubinemia. Amauri Antiquera – Departamento de Análises Clínicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas – UNESP – Araraquara (SP), Brasil.