O ácido mandélico é um exame de urina que tem a função como indicador biológico em casos de exposição ocupacional a substâncias conhecidas estireno e ao etil-benzeno, sendo que tem boa correlação com os índices reais de exposição ao solvente. Veja como coletar a urina e interpretar o resultado do exame.
Também conhecido como feniletileno, o estireno, um líquido viscoso, incolor a temperatura ambiente, tem relativa volatilidade. Tem utilidade para criação de polímeros plásticos, borracha sintética, resinas, fabricação de fibra de vidro e sínteses orgânicas.
O que estireno causa no organismo
O estireno ou feniletileno, tem características de ser absorvido pelas vias pulmonar e também pela pele.
Sofre biotransformação a nível de fígado, produzindo ácidos mandélicos e feniglioxílico.
Estes são os principais metabólitos urinários do solvente e que são utilizados como indicadores biológicos para a acompanhar casos de exposição ao solvente.
Material usado para o exame ác. mandélico
O material utilizado para realizar o exame de ácido mandélico é a urina.
A urina deve ser coletada em frasco estéril, portanto não é todo tipo de frasco que pode ser usado.
O volume coletado será por volta de 30 ml. E a urina precisa ser armazenada e transportada em temperatura refrigerada de 2 a 8°C.
Procedimento para coleta da amostra de urina
O material deverá ser coletado em condições especiais, sendo rotulado cada frasco como segue abaixo.
Sendo dois períodos – AM: Urina final da jornada de trabalho e AMI: Urina início da jornada de trabalho.
A coleta deverá ser realizada nas seguintes condições:
ADAL: Que é a urina que deverá ser coletada no final do último dia da jornada de trabalho, ou também após o período de exposição, indicado evitar a primeira jornada da semana.
ADALI: Que é a urina que deverá ser coletada no início do último dia da jornada de trabalho, ou após o período de exposição, indicado evitar a primeira jornada da semana.
A urina tem uma estabilidade de 6 semanas em temperatura de 2 a 8°C.
Siga as observações sobre a coleta da urina
As amostras de urina não devem possuir nenhum tipo de contaminação microbiana evidente.
Outra coisa importante é a identificação de cada frasco exatamente conforme o momento de coleta.
Observe que as amostras não podem ser trocadas, pois isso prejudica sobremaneira o resultado.
A quantidade também deve ser respeitada, pouca amostra inviabiliza a análise.
Os frascos que foram coletados a urina devem ser tampados imediatamente de forma eficaz.
E por último, não pode ocorrer demora prolongada entre a coleta e o envio da amostra ao laboratório.
Valores normais e alterados do resultado do exame ác. mandélico
Para a realização do procedimento analítico a técnica utilizada normalmente é a cromatografia líquida – HPLC.
O resultado com índice normal será um IBMP para estereno: 0.8 g/g creatinina. IBMP para etil-benzeno: 1.5 g/g creatinina.
Sobre o resultado do exame
O ácido mandélico é o principal metabólito do estireno e também do etil benzeno.
Sendo que, a relação ácido mandelico/ácido fenilglioxílico altera de acordo com a concentração presente no ambiente, sendo maior em concentrações mais elevadas de estireno.
A verificação dos níveis de ácidos mandélicos e fenilglioxílicos é promovida para monitoramento biológica de trabalhadores expostos a estireno.
Encontrando índices elevados destes metabólitos no resultado do exame de urina indicam exposição ocupacional excessiva ao composto.