Dispositivo USB produzido por cientistas do Imperial College London e da empresa DNA Electronics, é uma nova proposta para executar o teste de HIV, usando como base um pen drive, uma gota de sangue é colocada sobre ele para detectar o vírus, um sinal elétrico é gerado no dispositivo e enviado ao computador, laptop ou dispositivo portátil. Útil para controlar a quantidade de vírus em casos de pacientes soropositivos.
Na realidade o teste não seria indicado diretamente para triagem do vírus da Imunodeficiência Humana, seria importante para controle da quantidade de vírus presente no organismo de pacientes HIV positivos, esta monitorização é essencial para um tratamento correto, visto que, os antirretrovirais, reduzem os níveis do vírus para próximo de zero.
Finalidade do teste e uso na prática
Sendo o controle da quantidade de vírus no organismo, importante para a sequência do tratamento quando o paciente estiver usando os conhecidos medicamentos antirretrovirais, um dispositivo para realizar o teste e quantificar estes vírus, precisaria ser mais acessível e de realização menos dispendiosa como os tradicionais testes, é a proposta da Imperial College London e da empresa DNA Electronics.
Qual a realidade atualmente
Na realidade, os níveis virais não podem ser detectados por testes de HIV de rotina, estes conhecidos testes rápidos de HIV ou usando reação antígeno anticorpo, apenas dizem se o teste é negativo ou positivo.
Os exames usados atualmente com a finalidade de quantificação, carga viral, são de difícil acesso e quando estão disponíveis exigem que o material seja enviado para locais distantes para realização do procedimento, e muitas vezes requer equipamento caro, complexo e o resultado é demorado.
Como funciona o teste de HIV em um pen drive
A equipe que está desenvolvendo a nova tecnologia, afirma que, ainda estão em estágios iniciais, mas deverá permitir que os pacientes possam monitorar regularmente os seus níveis de vírus da mesma forma que as pessoas com diabetes verificam os seus níveis de açúcar no sangue.
O dispositivo utiliza um chip CMOS através da detecção eletrônica de alteração de pH, capaz de distinguir negativos das amostras positivas e quantificar, em uma pequena amostra de sangue inserida em um ponto específico do equipamento.
Caso tenha algum vírus HIV presente no material analisado, vai ocorrer uma mudança de acidez, o chip gera um sinal elétrico, cada função da câmara age de forma independente, quando o pH da câmara muda o ISFET (transistor de efeito de campo sensível iônico) gera um sinal elétrico, este é enviado para o equipamento que o USB estiver “espetado”, e será “lido” por um programa, que depois emite o resultado.
Estão presentes no sistema de análise aquecedores on-chip, sensores térmicos e as estruturas físicas necessárias para suportar um determinado (pH RT-LAMP). O ensaio exige uma reação química que envolve a amplificação de ácido nucleico e polimerização de DNA, o último dos quais produz os íons de hidrogénio (mudando o pH) e o FET sensor pode detectar.
Precisão e tempo para realização do teste
As pesquisas mais recentes com o dispositivo mostram que a tecnologia testada em 991 amostras de sangue obteve 95% de precisão. O tempo médio para realizar o teste e emitir o resultado foi de 20 minutos.
A equipe está investigando se o dispositivo pode ser usado para testar outros vírus, tais como hepatite. Testam também com o objetivo de detectar sepse, sepse fúngica e resistência aos antibióticos.