Recebi um Trackback do Rumorejo da Poliane para o post do meu blog que faço uma Alerta: Pílula do dia seguinte – banalização e incerteza, me deixou muito preocupado, ao constatar que políticas de saúde impensadas, que atacam a causa e não o efeito, não acontecem só no Brasil, lá na Índia também, a Poliane comenta sobre a propaganda na TV da Índia:
[…] fiquei espantada quando assisti a propaganda da pílula do dia seguinte, não sei se meu espanto se deve a minha mentalidade por pensar que o correto numa propaganda em rede de televisiva (imaginando que existe um controle do ministério da saúde por trás) é incentivar o uso de camisinha… Talvez não me espantasse se a propaganda fosse sobre o medicamento contraceptivo rotineiro indicando um acompanhamento médico e tal… , mas propagar um método emergencial? […] Leia todo o texto, sobre a pílula do dia seguinte na Índia, muito bom.
Posso dizer com certeza, depois de tudo que estudei, li, pesquisei, que esta não é a melhor maneira do governo agir, aqui o poder público tem atuado quase desta forma que a Poliane citou, só não cheguei ver chamadas na televisão, e nos dois casos a propaganda correta seria: prevenção, acompanhamento médico, camisinha, uso do medicamento anticoncepcional rotineiro de uso diário, mas que possuem doses mais ajustadas ao corpo, não causando tantos danos como a dose cavalar que é a pílula do dia seguinte, o resultado deste uso futuramente pode ser trágico.
Depois que escrevi o texto que a Poliane citou, alias obrigado pela palavras, recebi vários mensagens via comentário no post, ou contato, algumas relatam que tomam a pílula freqüentemente, e apresentam vários efeitos dos quais citei no texto, outras dizem que não sabiam que o uso a pílula do dia seguinte é indicado apenas para prevenir a gravidez em casos de violência sexual e acidentes com o rompimento do preservativo, evitando-se assim gestações indesejadas, algumas pessoas da área da saúde se solidarizaram, e em outro texto que falei sobre a política adotada pelo governo sobre este medicamento, alguns tinham a visão de que governo tinha que fazer alguma coisa. Claro que tinha, mas não esta ação, e com este medicamento. Veja o caso do medicamento silomat, retirado pelo laboratório fabricante que depois de muitos anos fez estudos e constatou que causa problemas sérios.
A Aline comentou em um dos posts sobre a política adotada pelo governo:
[…] Teremos, infelizmente, uma avalanche de meninas não-grávidas com DSTs, sem contar os danos que essa pílula pode trazer a longo prazo para a saúde feminina. […]
As verdades sobre o medicamento e as opiniões estão colocadas, cabe a cada um decidir se esta política adotada no Brasil e agora relatada pelo Rumorejo que a Índia está fazendo o mesmo é correta ou mais uma vez o governo atesta sua incapacidade de atuar na causa ao centrar ação no efeito.