Pílula antibarriga – Mais uma vez somos cobaias

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Pílula antibarriga (Acomplia) mais um medicamento “moda”, assim como viagra, cialis, pílula do dia seguinte, substâncias químicas são lançadas no mercado freqüentemente sem avaliação e estudos aprofundados de seus efeitos colaterais. O último, Acomplia a pílula que promete o “fim da barriga”. Para o combate à obesidade e também gordura abdominal.

 

O rimonabanto princípio ativo do Acomplia, colabora na redução da barriga e diminui índices de triglicérides (gorduras no sangue), controla os níveis de açúcar no sangue, regulando o diabetes, e aumenta o HDL (bom colesterol). As vantagens existem e devem ser ressaltadas, visto que colabora na redução das placas de gordura que se formam nas paredes dar artérias.

Mais uma vez o Brasil será um cobaia para produtos internacionais, desta vez a pílula antibarriga.

medic.gifA substância anandamida, responsável por abrir o apetite é inibida pelo rimonabanto, mas esta mesma substância é responsável também por relaxamento, apagar e abrandar situações traumáticas na memória, tendo sido inibida pelo rimonabanto pode gerar no indivíduo estados depressivos, agravado muitas vezes pela própria condição de ter tentado emagrecer outras vezes sem sucesso.

Prova da não clareza dos estudos é que a Pílula antibarriga foi vetada, por especialistas do FDA, a agência norte-americana reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos, decidiu observar por mais tempo os efeitos colaterais do medicamento, especialmente os distúrbios psiquiátricos que foram associados a ele.

Da mesma forma que a pílula do dia seguinte para evitar gravidez, a pílula antibarriga chega, sem estudos conclusivos, para certamente ser também usada indiscriminadamente. O rimonabanto teve seu preço estipulado pela agência reguladora em R$ 130,05 e o fabricante quer vender a R$ 250,74.

Preocupa-me o fato de sempre estar sendo lançado fármacos, principalmente aqueles “modismo” sem uma profunda avaliação das autoridades nacionais. Será que é só coisa de minha cabeça ou há algo mais no reino dos grandes laboratórios e seus reguladores em países subdesenvolvidos?

A indústria farmacêutica enxerga longe, lança moda e é capaz até mesmo de criar farinha encapsulada, restando aos usuários testar, se nascer é fruto de um erro, se ficar louco, já era meio desajuizado, se os filhos tiverem seqüelas é o destino.

Medicamentos são úteis colaboram para a melhoria e cura de doenças, mas mudanças de hábitos são necessários para alcançarmos resultado satisfatório com segurança, ou vez por outra estaremos ingerindo novas Talidomidas e Trovans.

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Se o rimonabanto impõe uma escolha? Sim, o custo/benefício entre a redução da barriga; diminuição dos índices de triglicérides (gorduras no sangue), controle dos níveis de açúcar no sangue, regulando o diabetes, e aumento do HDL (bom colesterol e, do outro lado da balança quadros depressivos. Ora, trata-se a meu ver, da escolha entre a depressão de ver-se balofo, barrigudo, diabético (e brocha) e a depressão medicamentosas, sem raiz neuropatológica. Depressão por depressão…

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Concordo em parte. De fato, o rimonabanto causa efeitos adversos e seu risco deve ser pesado contra o benefício da melhora de parâmetros metabólicos (aliás, com qualquer medicamento que funcione é assim). Contudo, devemos esclarecer alguns pontos. O rimonabanto foi lançado na Europa e Argentina em 2006, México e Índia em 2007 e no Brasil em 2008. Assim, não somos os primeiros a prescrever a medicação (o país do laboratório de origem já o usa há 2 anos). Em relação ao FDA, acho que o lobby dos laboratórios americanos contra os produtos europeus (e vice-versa) é coisa notória. A Pfizer… Read more »

[…] eu digo que existe pouco controle sobre os estudos, análises e pesquisa, relativo aos medicamentos antes de serem lançados no mercado, […]

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Obrigada por citar meu post.
Excelente texto. Parabéns.
Liliana

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Já leu nosso texto e ainda ficou com dúvida?x