O novo filme de suspense de Steven Soderbergh, Contágio, conquistou a liderança nas bilheterias dos Estados Unidos e também Canadá em sua estreia, trata-se de uma epidemia provocada por um vírus letal que se espalha pelo mundo rapidamente. Geralmente os filmes trazem um apelo Hollywoodiano e se esquecem, ou não fazem questão nenhuma de manter um equilíbrio científico, mas Steven Soderburgh de contágio parece estar mudando esta visão e tentando fazer ciência e ficção caminharem juntos.
No elenco estão Marion Cotillard, Matt Damon, Lawrence Fishburne, Jude Law, Gwyneth Paltrow e Kate Winslet.
No filme, basicamente, a praga começa, o pânico se instala, e os super-heróis do Centro de Controle de Doenças e Organização Mundial da Saúde lutam para salvar o planeta.
Mas o Dr. Thomas Frieden, chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta afirma que o filme é bastante plausível.
Larry Brilliant é um dos especialistas em ciências que participou do filme, trabalhou na erradicação do vírus da varíola, comentou que ficou feliz com o trabalho realizado em “contágio”, tinha intenção de alertar as pessoas para as ameaças reais das pandemias e as medidas que seriam necessárias para minimizar o impacto global que elas teriam junto à população, e encontrei em Steven Soderburgh e Z Scott Burns, parceiros ideais para por em prática esta minha intenção, relatou ao seu colega Andrew Maynard.
Andrew indagou Brilliant se ele estaria satisfeito com os resultados do filme, a resposta foi afirmativa, elogiou o elenco e a equipe de produção, disse que estava satisfeito com a maneira que a resposta à pandemia foi retratada no filme.
Laurie Garrett, especialista em epidemia que aconselhou cineastas no set de “contágio”. Laurie disse em entrevista a CNN que a história de uma epidemia mortal em todo o mundo é totalmente possível, apesar do filme ter sua parte de fantasia.
Já Abigail Zuger MD, aplaude a dedicação dos criadores do filme em se aproximarem da realidade, mas acredita ser um pouco difícil acontecer algumas coisas mostradas no longa. MEV-1, o vírus fictício que causa doenças respiratórias é altamente contagioso e leva a uma pandemia mundial, diz que a velocidade com que a propagação que a doença ocorre é improvável. E quanto a imagem apocalíptica das ruas com o caos instalado em massa, Zuger disse que esta não é a realidade de uma epidemia. (Será?).
Os funcionários do CDC adotaram o filme. A agência permitiu aos produtores do filme entrarem em seu campus principal, e funcionários do CDC abriram seus horários para entrevistas, aparições em programas e chats ao vivo na Internet para falar sobre o filme e o poder potencial de contágio do vírus na vida real.
Outro ponto que se questiona no filme é a rapidez com que a vacina contra o vírus foi criada, apenas quatro meses, algo impensado respeitando-se todos os tramites de legislação, mas alguns cientistas falam que em situações de gravidade extrema várias etapas poderiam ser eliminadas buscando uma resolução imediatista, para quanto mais rapidamente possível barrar o avanço de milhares de mortes.
Em outubro Contágio chega ao Brasil, vamos aguardar para ver como será o comportar do público por aqui quanto a estas questões de realidade e ficção.
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