Também conhecido como PRL ou Hormônio lactogênico (LTH) a prolactina é um hormônio que varia em relação ao tamanho molecular, na circulação encontramos três formas: monômero, dímero, e formas de alto peso molecular, a macroprolactina. Veja como ocorre macroprolactina e para que serve o exame em casos de hiperprolactinemia – Como é a coleta do sangue e quais os valores normais e alterados
Em condições normais ou em pacientes com hiperprolactinemia sintomática, predomina em circulação a forma monomérica. O dímero é conhecido como big prolactina e a forma de alto peso molecular é usualmente conhecida como macroprolactina ou big-big prolactin. A big prolactina e a macroprolactina estão presentes no sangue de praticamente todas as pessoas, entretanto em níveis baixos, normalmente abaixo de 10% da prolactina total circulante. A macroprolactina é constituída, na maioria dos casos, por uma associação entre uma molécula de prolactina e uma de IgG, o que leva a uma meia-vida mais longa e atividade biológica menor.
Para que serve o exame macroprolactina
A pesquisa de macroprolactina é importante em todos os casos em que níveis elevados de prolactina forem encontrados.
Em casos de hiperprolactinemia no resultado de exame prolactina, e o paciente não tem sintomas clínicos sugestivos.
Ou não apresenta um adenoma hipofisário, é muito importante a pesquisa da presença de macroprolactina.
Pois, na maioria dos casos, dispensa e execução de exames mais sofisticados.
Exames como tomografia computadorizada ou a ressonância magnética da região hipofisária podem ser evitados.
Hiperprolactinemia por predomínio de macroprolactina
Alguns pacientes apresentam hiperprolactinemia por predomínio de macroprolactina.
Nestes casos ocorre presença de complexos de moléculas de PRL com imunoglobulina G (IgG), de alto peso molecular e baixa atividade biológica.
Geralmente, este fenômeno é observado em pacientes nos quais a PRL está elevada sem que tenham manifestações clínicas de hiperprolatinemia.
Nestes casos solicita-se o exame laboratorial de macroprolactina para ajudar esclarecer o caso.
Como é a coleta do sangue para exame macroprolactina
O material biológico que será usado para esta análise será o sangue. Não é necessário realizar jejum.
O paciente deverá ficar em repouso pelo menos 20 minutos antes da coleta do sangue.
A coleta do sangue será realizada no braço do paciente, um torniquete será amarrado e uma fina agulha introduzida na veia.
O material será coletado e inserido em tubos para posterior envio ao setor de análise.
Valores normais e alterados
Para a Prolactina
Feminino: 2,8 a 29,2 ng/mL.
Masculino: 2,1 a 17,7 ng/mL.
Percentual de recuperação:
Maior que 65%: Ausência de macroprolactina.
Entre 30% e 65%: Indeterminada.
Menor que 30%: Presença de macroprolactina.
Estes valores podem ser diferentes no laboratório que você realizou seu exame, verifique no laudo do resultado, em “valores de referência”.
Valores de recuperação abaixo do ponto de corte são diagnósticos de macroprolactinemia, o que significa que a maior parte da PRL daquele soro foi precipitada e, portanto, era complexada com IgG.
Portanto, a importância do encontro do fenômeno de predomínio de formas moleculares de alto peso molecular se prende ao fato de que estas formas teriam menor atividade biológica, e estão associadas a casos assintomáticos, ou oligossintomáticos, e a encontro de estudos de imagem normais.
Pacientes cujo quadro clínico de hiperprolactinemia não seja característico, a pesquisa de macroprolactinemia é fundamental.