Atualmente o diagnóstico da malária é realizado em laboratórios municipais e estaduais, mas quando é necessário avaliar se uma amostra de sangue com parasitas da malária são resistente aos medicamentos prescritos, este material deverá ser enviado a laboratórios de referência para análise por pessoal especializado utilizando equipamentos e reagentes especiais e os custos são altos, além disso muitas vezes nem se consegue realizar a tempo de oferecer o resultado para que o médico possa adequar a medicação.
Pensando nestas dificuldades uma equipe de pesquisadores da, St George Universidade de Londres apresentaram esta semana o projeto Nanomal – pretendem oferecer um dispositivo de mão a preço acessível, para diagnosticar de maneira bem mais rápida a infecção por parasitas da malária, e melhor ainda, detectar também a resistência às drogas. Ele permitirá que os profissionais de saúde em áreas remotas possam iniciar a medicação de maneira eficaz, sabendo que a ação do remédio terá sucesso.
O dispositivo é mais ou menos do tamanho de um telefone móvel, e vai utilizar nanotecnologia para analisar rapidamente o DNA do parasita a partir de uma amostra de sangue. Em menos de 20 minutos o resultado é liberado, assim o paciente não necessita esperar dias para obter um resultado.
Com a informação disponível imediatamente sobre a espécie de parasita, se é um Plasmodium vivax ou falciparum e o seu potencial de resistência aos medicamentos, o médico, principalmente em áreas remotas poderá iniciar a medicação de forma eficiente.
Com uma picada no dedo uma pequena gota de sangue colocada no dispositivo, será extraído o DNA da malária e, em seguida, detecta sequência de mutações específicas associadas à resistência aos medicamentos, usando um biossensor de nanofios. O chip detecta eletricamente as sequências de DNA e converte diretamente em código binário, a linguagem universal dos computadores. O código binário pode ser facilmente analisado e compartilhado até mesmo, através de redes sem fio ou móvel, com cientistas para monitoramento em tempo real de padrões de doença.
Provavelmente o preço será parecido com o de smartphones de ponta, além do cartucho para teste, mas a equipe deve disponibilizar o aparelho sem custos para equipes que trabalham em locais carentes de recursos e atenção de governos.
Fiquei um pouco desapontado com o tempo que devem levar para iniciar ensaios clínicos, cerca de três anos, mas acredito que antes disso muitas regiões devem receber para testes.