Antidepressivos como a paroxetina e fluoxetina podem causar redução drástica na fertilidade de homens que fazem uso deste tipo de medicamento, interferem na cadeia de DNA do espermatozóide, conforme descoberta em uma pesquisa recente.
Um importante estudo realizado pela equipe de Peter Schlegel do Centro Médico de Cornell, Nova York, indica que o uso de antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI), um deles a paroxetina, pode danificar a a estrutura do DNA no espermatozóide, reduzindo consideravelmente a fertilidade, até 30%.
No estudo realizado pela equipe de Schlegel em 35 homens que possuíam espermatozóides normais, depois de tomarem por quatro semanas o antidepressivo, foi feito nova coleta de esperma e realizado o exame expermograma, aparentemente quando observados ao microscópio os espermatozóides estavam normais em volume ejaculado, estrutura, apresentando quantidade de móveis e vivos dentro dos valores de referência e outros parâmetros laboratoriais também dentro da normalidade, mas quando foi realizado um novo exame, analisando o DNA, após o uso do medicamento, foi encontrado resultado relevante com relação à fecundação, suas estruturas estavam fragmentadas.
Os espermatozóides submetidos à ação deste medicamento perdem a capacidade ideal de fertilização quando o embrião gerado tem menor poder de se fixar no útero, até mesmo a própria formação destes embriões fica prejudicada, foi o que observou a equipe de pesquisadores.
Os pacientes que fazem tratamento com medicamentos antidepressivos não podem abandonar a medicação tendo como base a pesquisa, procure o médico de confiança, relate a ele o que está ocorrendo e avaliem juntos estes resultados, procure soluções de equilíbrio, avaliando terapias alternativas, se for o caso.
Outro grupo de pessoas que fazem uso, principalmente da Fluoxetina, por produzir menos efeitos colaterais, são aqueles que apresentam o problema de ejaculação precoce, mas neste caso os usuários tomam o medicamento de forma esporádica, mesmo assim poderia causar o mesmo problema. Também fazem uso de paroxetina e sertralina.
Acredito que o estudo é relevante, mas é necessário aprofundar as análises em número de participantes da pesquisa e no esquema usado para levantar os dados.