Depois de investigar se o sul-africano de 53 anos morto na última terça-feira, 2 de dezembro, no Rio de Janeiro, com um quadro de febre hemorrágica, suspeitando ser Arenavirus foi descartada, a morte foi por por febre maculosa, doença transmitida por carrapatos contendo uma bactéria do gênero Rickettsia, e por isso as pessoas que tiveram contato com ele foram liberadas pois a doença não é transmitida entre pessoas.
Pesquisadores da Fiocruz chegaram a conclusão de que se trata de uma bactérias do gênero Rickettsia. Existem várias espécies de ricketssia que podem causar febre maculosa. A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, que pode causar desde formas assintomáticas até formas graves. A equipe da Fiocruz diagnosticou febre maculosa neste domingo, por meio de um exame por técnica PCR, identifica o DNA da Rickettsia, no Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC/Fiocruz, referência nacional para a doença.
Descartada a morte por Arenavirus, as pessoas que tiveram contato com o sul-africano foram liberadas do controle sanitário.
A doença, Febre Maculosa, é de difícil diagnóstico, sobretudo em sua fase inicial, O início geralmente é com febre alta, dores musculares, dores de cabeça, vômitos e náuseas, chegando em alguns casos a ocorrer hemorragias. Para que a infecção ocorra, o carrapato-estrela com a bactéria precisa ficar aderido à pele por algumas horas.
Outro teste laboratorial utilizado para identificação, mas menos sensível que aquele realizado pela Fiocruz é o Weil Felix que se baseia na aglutinação de cepas Proteus, que possuem antígenos comuns às Rickettsia, sendo útil no diagnóstico da doença.