Pesquisadores descobriram recentemente que o exame de mamografia tem maior impacto na redução das mortes de câncer de mama do que se acreditava anteriormente, um acompanhamento de quase três décadas – o mais longo estudo já realizado sobre o assunto, mostrou que as mamografias regulares evitam mortes por câncer de mama, e o número de vidas salvas aumenta ao longo do tempo.
O autor da pesquisa Stephen W. Duffy da Universidade de Londres, publicada na revista Radiology, relata: “A grande novidade é que se considerarmos os efeitos a longo prazo sobre a mortalidade do câncer de mama, o benefício absoluto de triagem em termos de número de vidas salvas é consideravelmente maior do que se pensava.”
No estudo realizado na Suécia, as mulheres foram divididas em dois grupos, um que recebeu um convite para monitoramento do câncer de mama e outro que recebeu os cuidados habituais. A fase de triagem e julgamento durou cerca de sete anos. Mulheres entre 40 e 49 foram examinados a cada dois anos, e mulheres de 50 a 74 foram selecionados aproximadamente a cada três anos.
“Nossos resultados indicam que em 1000 mulheres rastreadas por 10 anos, três mortes por câncer de mama seriam evitadas”, disse Duffy.
Os aspectos positivos da mamografia se tornam mais claro quanto mais décadas passam. Os novos dados aumentam as evidências sobre os benefícios a longo prazo de mamografia regular.
Gestores de saúde despreparados ou mal-intencionados geralmente acham que um dos gargalos da administração é a mamografia do seu desbotado posto de saúde, e sob pretexto de estar “gastando demais” reduzem a quantidade de exames ofertados, e bradam a todos os ventos dizendo que reduziram gastos públicos, pelo contrário, perderam vidas.