A dosagem de uma proteína do líquido cefalorraquidiano (Líquor) pode em breve ajudar os médicos a detectar precocemente o alzheimer em pessoas com pequenos problemas de memória, mais um passo em busca do diagnóstico laboratorial da doença.
Nesta semana a esposa do músico Glen Campbell anunciou que ele está sofrendo da doença de Alzheimer, além dele milhares de pessoas passam por este difícil problema. Um dos grandes desafios é diagnosticar a doença precocemente de maneira padronizada e com base na clínica e em resultados laboratoriais, acelerando o processo de tratamento medicamentoso e cuidados especiais que a patologia requer.
Como mencionei em “Alzheimer – Diagnóstico precoce, exames e as novidades nas pesquisas” temos importantes evoluções na área diagnóstica para a doença, e agora pesquisadores alemães identificaram um novo marcador. Medindo diversas proteínas associadas com a doença de Alzheimer em amostras do líquido retirado da coluna vertebral de 58 pessoas com transtorno cognitivo leve (MCI), após uma média de três anos, 21 destes participantes desenvolveram Mal de Alzheimer, 27 ainda tinha MCI, e oito revertido para a saúde cognitiva normal.
Aqueles que desenvolveram Alzheimer apresentavam altas concentrações de uma proteína chamada beta-amilóide no Líquor (material retirado do interior da coluna vertebral), e aqueles que não desenvolveram a doença não apresentavam níveis tão elevados da proteína. Essa proteína, combinada com a proteína TAU (um marcador estabelecido de danos das células cerebrais) e idade do participante, foi cerca de 80 % exato em predizer o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Estes achados recentes aliados aos que já tínhamos, concluímos que estamos nos aproximando de uma maneira mais precisa de detecção e tratamento precoce de Alzheimer.