Dois assuntos foram destaques recentemente na imprensa nos EUA, o primeiro diz respeito ao hormônio Beta HCG que está sendo usado sem autorização em preparações “Homeopáticas” para emagrecimento, em spray, gotas orais e outros tipos de produtos, mas junto com estas “medicações” o rótulo do HCG homeopático para perda de peso indica que cada produto deve ser tomado em conjunto com uma dieta calórica extremamente baixa.
Como já vimos em vários textos aqui no blog sobre teste de gravidez, o HCG é um hormônio produzido pela placenta humana, e encontrados na urina de mulheres grávidas. Em medicações é usado com aprovação pelo FDA para o tratamento de alguns casos de infertilidade feminina e certas condições médicas, mas não para casos de emagrecimento.
O FDA alertou os consumidores que os produtos de HCG comercializados como auxiliares de perda de peso não são comprovados e são ilegais. É a diminuição de calorias que é responsável por qualquer perda de peso.
Outro assunto que tem ocupado as páginas dos jornais é sobre a decisão da secretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA Kathleen Sebelius que causou controvérsias quando vetou a liberação para venda livre no balção de farmácia de pílulas do dia seguinte para meninas jovens com menos de 16, elas devem ainda fornecer a receita escrita de um médico para obter a medicação.
Para mulheres com pouco acesso a profissionais de saúde – devido ao custo, geografia, ou outros fatores – a exigência de obter uma receita pode ser uma barreira significativa ao uso de contracepção de emergência – argumenta alguns. Mas, grande parte das pessoas é a favor da medida.
Sobre a pílula do dia seguinte comentei em um texto, antigo, mas que para mim continua atual – Alerta: Pílula do dia seguinte – Banalização e incerteza.
Concordo que a decisão da necessidade de receita médica para estes casos, que o próprio nome diz, pílula de “emergência” como também é conhecida a pílula do dia seguinte, em um caso de emergência ir procurar médico nem sempre é possível mas minha preocupação maior é com a banalização que está se tornando o uso deste medicamento.
A PDS não tem seu uso para o fim ao qual fora proposto, como emergencial, como nos casos de estupro, camisinha apresentar problemas durante a relação, e algumas outras situações, mas não é o que se tem visto. Na realidade abandonou-se o uso do anticoncepcional tradicional e agora, precisou, PDS, quatro dias depois, PDS novamente, três dias depois, PDS de novo, e assim vai. Três vezes em menos de 15 dias ou até mais, e o resultado é ciclo desregulado, além dos estudos que apontam prováveis problemas em gestações futuras.